Confiança dos consumidores e clima económico diminuem em Novembro

Redução da confiança dos consumidores é o resultado das perspectivas negativas quanto à poupança, à situação financeira das famílias e ao desemprego, nota o Instituto Nacional de Estatística.

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Consumidores estão menos confiantes quanto ao futuro Nuno Ferreira Santos

O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em Novembro, retomando o movimento descendente iniciado em Junho, e o indicador de clima económico recuou, após ter estabilizado no mês anterior, divulgou nesta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A descida da confiança dos consumidores em Novembro significa o retomar da quebra que este indicador manteve de Junho a Setembro e que tinha sido interrompida em Outubro, após ter atingido em Maio o valor máximo da série.

Já o recuo do indicador de clima económico segue-se à estabilização registada no mês anterior e ao máximo desde Maio de 2002, que havia atingido entre Junho e Agosto.

Os inquéritos de conjuntura às empresas e aos consumidores efectuados em Novembro pelo INE revelaram que a redução do indicador de confiança dos consumidores “resultou do contributo negativo do saldo das perspectivas relativas à evolução da poupança, da situação financeira do agregado familiar e do desemprego”.

O indicador de confiança da indústria transformadora diminuiu em Setembro e Novembro, retomando o movimento descendente iniciado em Janeiro.

"A evolução do indicador no último mês reflectiu o contributo negativo de todas as componentes, perspectivas de produção e opiniões sobre a procura global e sobre a evolução dos stocks”, explica o INE.

Quanto ao indicador de confiança da construção e obras públicas, aumentou em Outubro e Novembro, após ter diminuído nos três meses anteriores, “em resultado do contributo positivo das opiniões sobre a carteira de encomendas e das perspectivas de emprego”.

No comércio, o indicador de confiança estabilizou, após ter aumentado nos dois meses anteriores, tendo as perspectivas de actividade e as opiniões sobre o volume de vendas contribuído positivamente, enquanto as apreciações relativas ao volume de stocks contribuíram negativamente.

Já o indicador de confiança dos serviços diminuiu em Setembro e Novembro. O comportamento deste índice reflectiu o contributo negativo das apreciações sobre a evolução da carteira de encomendas e das opiniões sobre a actividade das empresas, tendo as perspectivas sobre a evolução da procura contribuído positivamente.

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