PSG vence com Neymar a fazer história na Europa

Franceses derrotam Liverpool e ficam perto dos oitavos-de-final, para onde Atlético de Madrid, Borussia Dortmund, FC Porto e Shalke 04 já têm bilhete.

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Reuters/ANDREW BOYERS

Com 15 pontos de vantagem sobre o segundo classificado do campeonato francês passadas apenas 14 jornadas, o PSG tem na Liga dos Campeões o seu verdadeiro grande objectivo da temporada. A sorte foi madrasta em relação aos seus parceiros no Grupo C, mas o triunfo desta quarta-feira, em casa, frente ao Liverpool, por 2-1, deixou os oitavos-de-final da grande competição europeia ao virar da esquina.

Num duelo entre treinadores alemães, Thomas Tuchel bateu desta vez o pé ao carismático Jurgen Klopp, depois da derrota em Liverpool, por 3-2. O técnico que chegou esta temporada a Paris – e que havia substituído Klopp no Borussia de Dortmund – não tem sido feliz nos confrontos (este foi o 14.º) com o seu compatriota.

Em dez encontros na Alemanha, quando orientava o modesto Mainz, venceu apenas por uma vez, há oito anos e meio. No Parque dos Príncipes, alcançou o segundo triunfo, depois de ter sido afastado por Klopp nos quartos-de-final da liga milionária na temporada de 2015-16, quando assumiu o Borussia Dortmund.

Contratado para gerir desportiva e disciplinarmente uma constelação de estrelas milionárias e caprichosas na capital francesa, Tuchel tem dado conta do recado. Venceu os primeiros 14 jogos da liga interna e conseguiu agora recuperar a equipa de alguns desaires nesta fase de grupos da Champions.

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O triunfo frente ao Liverpool colocou o PSG no segundo posto do grupo, a um ponto do líder Nápoles, que bateu também esta quarta-feira, em casa, os sérvios do Estrela Vermelha, por 3-1. Na última ronda vai defrontar precisamente a turma balcânica, em Belgrado, a única que deixou de ter hipóteses de alcançar a fase a eliminar da competição.

Uma excelente primeira parte frente aos ingleses valeu dois golos ao PSG, que só não foi para o intervalo com a partida mais encaminhada porque Di María derrubou Mané nos descontos da primeira metade, acabando James Milner por reduzir na cobrança da grande penalidade.

Mas, antes, houve o momento do lateral espanhol Juan Bernat, que abriu o marcador aos 13’, depois de um mau corte do central Van Dijk na área britânica. E houve o grande momento de Neymar, que envolveu todo o trio maravilha da frente de ataque dos franceses - o brasileiro combinou com Mbappé, o francês cruzou de trivela, o uruguaio EdiNson Cavani rematou para defesa do brilhante Alisson, com Neymar a acabar por finalizar. Tudo em velocidade, numa geometria quase perfeita. Para o craque “canarinho” este golo teve ainda um significado histórico, já que o tornou no melhor marcador brasileiro de sempre na Champions, com 31 golos. Nada que belisque sequer o recordista Cristiano Ronaldo.

Nos restantes grupos em prova, o Atlético de Madrid e o Borussia Dortmund, assim como o FC Porto e o Schalke 04, já têm bilhetes para os "oitavos", onde também já estão o campeão Real Madrid, a Juventus, Bayern Munique, Roma, Ajax, Manchester United e Manchester City.

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