"Coletes amarelos" querem voltar a Paris no próximo sábado

Presidente francês, Emmanuel Macron, promete falar sobre os protestos e reivindicações na terça-feira.

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Protesto de sábado nos Campos Elísios Julien de Rosa/EPA

Há de novo nas redes sociais um apelo a manifestações dos "coletes amarelos" em Paris no próximo sábado, 1 de Dezembro. Mais de 100 mil pessoas estão interessadas em participar no protesto marcado numa página no Facebook. Mas as pessoas que lançaram as acções de protesto até agora não estão por trás deste, o que gerou confusão.

 O Presidente Emmanuel Macron condenou as agressões aos agentes da polícia no sábado passado e prometeu falar sobre o tema na terça-feira. Já o ministro das Finanças recebe hoje representantes dos retalhistas e seguradoras para falar sobre as consequências dos protestos.

O local escolhido para o protesto de 1 de Dezembro é de novo a Avenida dos Campos Elísios, diz o jornal Le Figaro. "Para o 1º Dezembro, é preciso fazer isto bem. Sem estrados e cinco milhões de franceses na rua! O nosso movimento está a ganhar amplitude!", lê-se neste novo apelo.

Uma sondagem do Instituto Elabe publicada na quinta-feira pelo canal de televisão BFMTV revelava que o movimento que começou por ser de protesto contra o aumento da taxa sobre os combustíveis tinha o apoio de 73% dos franceses, e chegava a 85% entre os que têm menos recursos.

As manifestações de sábado reuniram em Paris cerca de 8000 pessoas, que gritaram pela demissão do Presidente Emmanuel Macron. Foram reprimidas pela polícia de intervenção, que usou gás lacrimogéneo, e os manifestantes lançaram pedras e tochas contra os agentes.

Em todo o território de França, o Ministério do Interior anunciou ter recenseado 106.301 pessoas nas ruas a protestar no sábado, incluindo as 8000 em Paris. Houve 103 detenções.

Os distúrbios concentraram-se nos Campos Elísios, o local escolhido pelos manifestantes contra a vontade do Ministério do Interior, que pretendia que se manifestassem no Campo de Marte, perto da Torre Eiffel.

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