Sarna: DGS diz que surto no São Francisco Xavier "foi tratado"

A directora-geral da Saúde, Graça Freitas, salienta que a sarna é fácil e rapidamente tratável.

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LUSA/ANTÓNIO COTRIM

A directora-geral da Saúde, Graça Freitas, diz que o surto de sarna no serviço de ortopedia do Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, "foi detectado e foi tratado". 

"Se a situação não está completamente resolvida, estará em poucos dias. A sarna é uma doença da pele que se transmite e trata rapidamente e muito facilmente", afirmou Graça Freitas, que não tem indicação de que o funcionamento do serviço hospitalar esteja a ser afectado.

O tratamento da sarna passa, normalmente, pela aplicação de loções (soluções escabicidas) sobre a pele e implica que se lave toda a roupa com que os infectados estiveram em contacto, detalha.

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros afirmou este sábado que o surto, com início na terça-feira (dia 20), tinha atingido uma dezena de profissionais e estava a comprometer o funcionamento do serviço. José Azevedo disse ainda à Lusa que os cerca de 10 enfermeiros atingidos pelo surto de sarna "foram mandados para casa, com folgas por baixo da mesa, em vez de atestados ou baixas, para não ficar nada registado".

Contactado pela Lusa, o Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, a que pertence o Hospital São Francisco Xavier, garantiu ao fim da tarde que a situação está controlada.

"De facto, foi admitido doente com escabiose [sarna], e que, tendo-se diagnosticado, foram tomadas as medidas necessárias e feitos tratamentos preventivos ou curativos em doentes ou profissionais, estando a situação completamente controlada", lê-se no comunicado.

Sem se referir à situação dos enfermeiros, levantada pelo sindicato, nem ao número de profissionais ou utentes afectados, o comunicado acrescenta apenas que "os hospitais do SNS [Serviço Nacional de Saúde] recebem doentes, qualquer que seja a sua proveniência, idade, capacidade financeira, doença que sejam portadores ou estado de higiene".

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