Preparado(s) para o pior(?)

Estamos preparados para uma situação extrema, uma catástrofe? A pergunta é retórica. A resposta é não. Mas nem todos nós somos iguais. Há quem espere o melhor e se prepare para o pior. 

Leslie começou por ser furacão e chegou a Portugal continental já como tempestade, mas mesmo assim causou destruição como não há memória, pelo menos na história recente. A fotogaleria do PÚBLICO mostra-o bem.

Temos testemunhos de três pessoas (Sandra Sofia, Ana Mamede e Paulo Sêco) que viveram de formas diferentes no distrito de Coimbra os minutos de terror causados pelos fortíssimos ventos que se verificaram na noite de 13 de Outubro.

E se o Leslie – acima de tudo pelo facto de a electricidade ter falhado durante tantos dias nas zonas mais afectadas – nos mostrou alguma coisa… foi que se a catástrofe tivesse sido (ainda) mais séria não estaríamos preparados.

Mas há quem pense que o mal não acontece só aos outros e não deixe nas mãos de ninguém a sua segurança. Os Preppers são pessoas que defendem que devem tratar elas próprias de estar preparadas para a eventualidade de um “pior cenário possível” (leia-se, uma catástrofe – natural, bélica, … até mesmo um colapso da economia). Em Portugal, praticamente não há conhecimento de que haja muita gente que coloque em prática esta forma de estar na vida, mas existem algumas e uma delas partilha connosco e consigo aquilo que já partilha online, no website da Portugal Preppers Network.

Paulo Guerreiro é um prepper. Talvez não tão radical ou extremo quanto alguns preppers que decerto já ouvimos falar, ou já vimos no cinema ou nas séries de televisão – não acredita que haja possibilidade de estar preparado para o pior dos piores cenários, o fim do mundo – mas acredita que faz a sua parte, ao preparar-se para uma eventualidade que até as pequenas “catástrofes” do dia-a-dia possam trazer. Oiça o episódio e vai perceber do que estamos a falar.

Um dos aspectos mais notórios da forma de estar dos preppers é terem consigo a qualquer momento pelo menos um kit de sobrevivência, que levam para todo o lado numa mochila, ou que têm em casa (ou no carro, por exemplo).

A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) também promove a preparação pessoal com kits deste género – mas… boa sorte, caso tente encontrar essa informação em prociv.pt

Ainda assim, aqui fica alguma informação da ANPC sobre kits numa campanha direcionada às crianças – “A Terra Treme” – e uma outra, direccionada a populações em maior risco de incêndio florestal – “Aldeia Segura, Pessoas Seguras“.

Se conhece uma boa história que praticamente toda a gente desconhece, diga coisas! Queremos saber! Porque toda a gente tem uma história para contar!

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