Mais de metade dos portugueses usa home banking

INE revela que mais de metade dos portugueses com Internet gere contas bancárias online. Os utilizadores mais frequentes continuam a ser estudantes, trabalhadores, e homens.

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Cerca de 45% dos utilizadores diz que já restringe o acesso de aplicações móveis a dados Andreia Patriarca

Mais de metade das pessoas em Portugal com acesso à Internet (52%) consulta e gere as finanças online através das aplicações móveis e sites dos bancos. O número tem vindo a aumentar ligeiramente desde o começo da década, mas no último ano aumentou 10 pontos percentuais, em parte devido às aplicações que permitem aceder à conta bancária do telemóvel.

Em 2018, grande parte das pessoas em Portugal (81%) já acede à Internet em movimento (fora de casa ou do trabalho, e por exemplo nos transportes) – a maioria prefere usar o smartphone (79%), em vez de um portátil (36%).

Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística. Fazem parte dos resultados do inquérito anual sobre a utilização de tecnologias de informação e de comunicação pelas famílias em Portugal. É feito a residentes entre os 16 e os 74 anos desde 2002: este ano, as estimativas foram obtidas a partir de uma amostra de 6671 agregados domésticos.

Os resultados mostram como o consumo de Internet no país aumentou bastante na última década. Em 2018, 75% dos inquiridos confirmou usar a Internet durante o ano (seja em casa ou fora dela): é um valor 22 pontos percentuais superior ao início da década. De acordo com o INE, o valor inclui a totalidade da população estudantil. Ainda assim, o valor total de pessoas a aceder continua abaixo da média da União Europeia (85%).

Os cuidados com a segurança também estão a aumentar. Numa altura em que se discute cada vez mais a importância da privacidade online – com o escândalo entre o Facebook e a Cambridge Analytica a alertar para a quantidade de informação que é partilhada com algumas empresas – 45% dos utilizadores em Portugal disseram que já restringiu o acesso de aplicações instaladas nos telemóveis a dados pessoais (como contactos, fotografias e localização). Há também mais cuidado com a segurança: 51% dos inquiridos já usa uma dupla autenticação (usar um código recebido via telemóvel, além da palavra passe, cada vez que se entra numa conta online). 

Tirando os estudantes e jovens, os utilizadores mais frequentes em Portugal continuam a ser pessoas empregadas (87%). Em 2018, 22% das pessoas empregadas também referiram usar a internet para trabalhar a partir de casa. Tal como noutros anos, os homens continuam a ser os que mais acedem à Internet – a diferença (3%), porém, é menor que o ano passado.

Com o aumento da idade, o número de pessoas a utilizar a Internet cai a pico: enquanto até aos 55 anos as percentagens de utilização são sempre superiores a 80%, o valor passa para 55% no grupo etário dos 55 aos 64 anos e para 34% no caso das pessoas com 65 ou mais anos de idade.

Apesar de vários organismos de administração pública funcionarem online (desde 2015, por exemplo, que o Portal do Cidadão permite marcar consultas no centro de saúde online) o número de pessoas a utilizar estes serviços desceu dez pontos percentuais em 2018 (de 60% para 55%):

Tanto a ligação à internet em casa, como a utilização de banda larga, é mais frequente na Área Metropolitana de Lisboa e nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. O Alentejo continua a apresentar os níveis de acesso à Internet mais baixos do país.

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