Juros dos empréstimos à habitação estão a subir praticamente há 12 meses

Taxa dos contratos celebrados nos últimos três meses subiu 1,6 pontos base, para 1,451%.

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Valor médio dos novos empréstimos à habitação caiu em Outubro. Adriano Miranda / Publico

A taxa de juro implícita no conjunto dos empréstimos à habitação aumentou 0,8 pontos base em Outubro, para 1,051%, em comparação com Setembro, confirmando uma tendência que se verifica há pelo menos 12 meses. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o ritmo de subida foi superior 1,5 pontos base, para 1,459%, revelou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística.

Apesar da tendência de subida, a taxa de juro média do conjunto dos empréstimos continua em níveis historicamente baixos, e mesmo valor nos contratos realizados nos últimos três meses mostram a prática de spreads (margem comercial do banco) muito baixos, próximas de 1%

Segundo o INE, a prestação média vencida atingiu os 243 euros, um euro acima do mês anterior. Deste valor, 46 euros (19%) correspondem a pagamento de juros e 197 euros (81%) a capital amortizado, um diferença explicada pelo baixo valor da Euribor, que se encontra em valores negativos em todos os prazos.

Nos contratos celebrados nos últimos tês meses, o valor médio da prestação aumentou 12 euros, para 327 euros, onde a opção de taxa fixa, mais alta que a Euribor, pode ajudar a explicar o aumento.

O capital médio em dívida para a totalidade dos contratos de crédito à habitação diminuiu 13 euros, fixando-se em 52 160 euros.

Já nos empréstimos que foram celebrados nos últimos três meses, o montante médio do capital em dívida desceu 262 euros para 99 080 euros. Esta queda representa uma inversão da tendência que se verificada nos últimos 12 meses.

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