IKEA corta 7500 postos de trabalho e cria 11.500 novos

É uma das maiores transformações na história do grupo sueco. Portugal poderá ser abrangido.

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Arnd Wiegmann/Reuters

A empresa sueca IKEA anunciou esta quarta-feira que vai extinguir 7500 postos de trabalho a nível global nos próximos dois anos, estando, por outro lado, prevista a criação de 11.500 novas funções no mesmo período.

A directora de comunicação da IKEA, Cláudia Domingues, diz que esta é, “se calhar, a maior transformação (ou, pelo menos, uma das grandes)”, desde a formação da empresa. O objectivo é dar resposta às necessidades dos consumidores e às exigências do próprio mercado de retalho. “Estamos a falar de novas formas de chegar às pessoas”, sobretudo por meios digitais, acrescenta.

Cláudia Domingues rejeita a palavra “despedimentos” e diz que o que a empresa pretende é, “de acordo com a sua estratégia interna, cultura e valores”, que os trabalhadores se adaptem e possam adquirir novas funções e competências, promovendo a circulação de pessoas na empresa, acrescenta, admitindo, porém, a contratação de novos profissionais com competências digitais.

A reorganização interna implica a extinção de funções “que podem deixar de ser relevantes no futuro ou que não estão a trazer o valor acrescentado necessário para os clientes”, explica a representante da marca. Mas “o saldo é positivo”, sublinha a directora de comunicação, referindo-se aos 11.500 novos postos de trabalho.

A “transformação interna na forma de trabalhar” poderá afectar Portugal, “onde determinadas funções também poderão deixar de ser relevantes”, diz Cláudia Domingues.

Em Portugal, a IKEA tem cinco lojas – em Alfragide, Braga, Loures, Matosinhos e Loulé – e 2500 trabalhadores. Em Outubro deste ano, a marca registou um crescimento de 14% no mercado português face a 2016/2017. Em Dezembro, abrirá uma nova loja, no Fórum Sintra. 

Lojas mais pequenas

A IKEA prevê a criação de novos pontos de contacto e lojas, parte de uma estratégia para “chegar às pessoas de uma forma mais digital, ágil e simples”.

Quanto às novas lojas, o gigante sueco pretende que sejam mais pequenas e espaços onde os clientes possam conhecer a marca, planificar e interagir com colaboradores experientes na área do mobiliário e decoração. As encomendas feitas nestas lojas poderão ser entregues em casa do cliente.

Texto editado por Pedro Rios

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