Derrocada: Verdes chamam ministro da Economia ao Parlamento

Em nota enviada à imprensa, o Partido Ecologista Os Verdes assume que a tragédia de Pedreiras "deve levar a apuramento de responsabilidades e à reflexão".

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Heloísa Apolónia é deputada do PEV LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

Depois de o CDS ter enviado duas perguntas ao Governo sobre a tragédia de Borba e de ter criticado o "silêncio ensurdecedor" do executivo, foi a vez de o Partido Ecologista Os Verdes (PEV) exigir que "as responsabilidades sejam apuradas junto de todas as entidades envolvidas" e anunciar que vai pedir a presença do Ministro da Economia no Parlamento, para prestar esclarecimentos sobre a situação.

Em nota enviada às redacções, o partido escreveu: "Face a esta ocorrência, o PEV exige que as responsabilidades sejam apuradas junto de todas as entidades envolvidas, desde as entidades da administração central com responsabilidades no licenciamento e requalificação do espaço das pedreiras, fiscalização e garantia de segurança no trabalho, até à administração local."

Após lamentar a tragédia ocorrida e apresentar o seu pesar à família das vítimas e à população local, o PEV pede que haja reflexão das autarquias quanto à assunção de responsabilidades e insiste: "para que situações como esta não se voltem a repetir, torna-se imperativo retirar ilações políticas". 

Assim, lê-se na nota, "os Verdes vão requer, com carácter de urgência, a presença do ministro da Economia na respectiva comissão, para prestar esclarecimentos sobre esta situação e explicar as medidas que pretendem tomar em situações similares nas zonas dos mármores e noutras pedreiras existentes no país". O Governo anunciou entretanto que irá abrir um inquérito para averiguar as circunstâncias do desastre.

PCP quer apuramento de responsabilidades

O líder comunista, Jerónimo de Sousa, desejou também que o "apuramento de responsabilidades" em relação ao deslizamento de terras e abatimento da estrada em Borba.

Depois de referir que é um "momento de pesar e de enviar as condolências às famílias", Jerónimo de Sousa referiu-se ao apuramento de responsabilidades. "Existem formas de monitorizar e fiscalizar não só a estrada, mas a obra, a exploração, que ali está e as condições em que se está a realizar", disse o secretário-geral do PCP à margem de uma sessão pública sobre direitos dos reformados, no centro de trabalho comunista Vitória, em Lisboa.

Para Jerónimo de Sousa, "era fundamental que fosse assumido se houve ou não essa monitorização, essa fiscalização, que é da responsabilidade do Estado, não é deste ou daquele". Com Lusa

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