A Nutella vai ter concorrência e será italiana

A Barilla, conhecida pelos seus pacotes de massa azuis, vai produzir creme de chocolate, mas sem recorrer ao óleo de palma, o calcanhar de Aquiles da Nutella.

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Reuters/Eric Gaillard

O chocolate para barrar Nutella há muito que tem lugar de destaque nas prateleiras dos supermercados, mas enfrenta um ataque iminente de um rival italiano, geralmente encontrado na secção das massas.

A Barilla, conhecida internacionalmente pelas massas e espaguete embalado em caixas azuis, prepara-se para lançar chocolate para barrar no próximo ano. A Nutella, criada pela Ferrero, uma empresa familiar, é uma das favoritas entre os jovens italianos, mas não só, e gera vendas anuais de mais de dois mil milhões de euros.

Com 54% do mercado global, a Nutella é líder e praticamente não tem concorrência. O Cokokrem, da Yildiz Holding, da Turquia, é o segundo chocolate para barrar mais popular, com apenas 2% do mercado, revela a Euromonitor International, uma empresa de pesquisa de mercado.

Mas duas fontes próximas da Barilla dizem que o seu novo Crema Pan di Stelle, surge com o objectivo de colmatar uma falta da Nutella: o uso de óleo de palma. Este ingrediente atraiu os consumidores, mas pelas piores razões, já que estes preocupam-se com esta exploração. Em 2016, a Ferrero lançou uma campanha publicitária para justificar o uso do óleo de palma, dizendo que era seguro quando refinado a temperaturas controladas e que a empresa só comprava óleo de plantações sustentáveis.

A ideia de entrar no mercado da Nutella surgiu depois de esta ter começado a fabricar bolachas e biscoitos, um mercado onde o fabricante de massas Barilla já estava a laborar com a marca Baiocchi, justifica uma das fontes. Assim, em vez de palma, o óleo do próximo creme para barrar será de girassol. O creme terá 10% menos açúcar, avelãs e cacau apenas italianos de quintas sustentáveis, informa uma fonte. Este poderá estar disponível a partir de Janeiro, em Itália.

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