Barcelos afastado da Taça Europa por ausência de treinador

Emblema minhoto fez viagem até França, mas perdeu por falta de comparência. Comité aguarda protesto ao jogo dos barcelenses.

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Equipa minhota vai apresentar protesto ao jogo da segunda mão. Paulo Pimenta

O Óquei de Barcelos foi eliminado da Taça WS Europe por questões administrativas. Na noite de sábado, os minhotos deslocaram-se a Nantes, para disputarem a segunda mão dos 16 avos-de-final da prova. Paulo Pereira, treinador principal, foi suspenso das competições internacionais durante dois anos e o treinador-adjunto, Rui Teixeira, não conseguiu fazer a viagem até França. Os árbitros da partida recusaram-se a iniciar o jogo devido à lacuna na ficha de jogo, conforme mandam os regulamentos. Os barcelenses fizeram uma declaração de protesto, mas ainda não o oficializaram, de acordo com fonte da competição.

“Os árbitros atrasaram ao máximo a ida para a pista. O Nantes não sabia o que se estava a passar”, garante ao PÚBLICO João Guimarães, “Joca”, jogador do Óquei de Barcelos, relembrando os acontecimentos da noite de sábado. “Existiu uma reunião entre os capitães que concordaram que haveria jogo. Regressámos à pista. Depois de ter dito que sim, o capitão do Nantes volta ao balneário dos árbitros com o presidente e afirmaram que não haveria jogo. Voltaram atrás com a palavra”.

Fernando Graça, presidente do WS Europe, responsável pela competição, afirma não saber se esse pré-acordo chegou mesmo a existir: “Não lhe sei dizer se aconteceu. Só tomei conhecimento que o Barcelos não tinha apresentado treinador através do testemunho dos árbitros”. O líder da organização afirma que o clube minhoto poderia ter solucionado a situação atempadamente: “Alertei o Óquei de Barcelos [para a falta de treinador] e disse-lhes que as regras são para se cumprir”.

No primeiro encontro — que os barcelenses venceram por 5-4 —, os franceses do Nantes não apresentaram qualquer delegado na ficha de jogo. O Barcelos decidiu não protestar e disputar a partida. Na opinião de Fernando Graça, os minhotos deveriam ter assinalado a falha adversária, que garantiria a vitória por 10-0, de acordo com o regulamento da competição. “[Em França] os árbitros limitaram-se a cumprir a lei”, reiterou Fernando Graça.

O Comité espera agora a formalização do protesto dos barcelenses, que terão de aguardar a decisão administrativa para saberem se terão hipótese de disputar o encontro da segunda mão. A eliminação precoce é o cenário mais provável, numa equipa que, nos últimos três anos, marcou sempre presença na final da Taça CERS, segunda maior competição de clubes a nível internacional. 

Problema atravessa várias partidas

Para além do Óquei de Barcelos, outro clube minhoto foi afectado pela situação, desta vez de forma inversa. Os austríacos do Rollhockey Club Dornbirn foram eliminados da competição, por não cumprirem os princípios regulamentares. Na deslocação a Viana do Castelo, os visitantes não apresentaram delegado de jogo — à semelhança do que tinha acontecido no primeiro encontro —, com a Juventude de Viana a vencer o encontro por 10-0.

Os problemas com as fichas de jogo atravessaram os encontros dos 16 avos-de-final da Taça WS Europe, com quatro destes a decorrerem sem o cumprimento dos regulamentos, devido à falta de delegados de uma das equipas. “Os dois árbitros de cada um dos quatro jogos que ocorreram nessas condições foram suspensos. Não podia ser de outra maneira, foram erros gravíssimos”, finalizou o presidente da WS Europe.    

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