Club Med Palmiye: um jardim florido à beira-mar plantado

Costa a perder de vista, mar azul-turquesa, quatro restaurantes, seis piscinas e um sem-número de actividades. Tudo isto num resort florido com um fraquinho por famílias em plena Riviera Turca.

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Há 900 metros de costa para explorar Sérgio Azenha
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A serenidade da piscina zen Sérgio Azenha
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É possível ter aulas de trapézio Sérgio Azenha
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Estão incluídas actividades como o snorkeling Sérgio Azenhas

Por estes dias, no Club Med Palmiye aguarda-se. A época de veraneio terminou no início do mês — e pensar que ainda há poucas semanas por aqueles 18 hectares circulavam 1200 hóspedes sem se perceber. Fecham-se as portas, quatro centenas de trabalhadores fazem as malas, ficam alguns cozinheiros e os fiéis jardineiros, guardiões de um dos ex-líbris deste resort de quatro tridentes, idilicamente emoldurado pelos gravíticos montes Tauro, que crescem pela manhã perante os nossos olhos assim que a neblina se dissipa. Do lado oposto, o mar Mediterrâneo que vai e vem em matizes de azul-turquesa, a pedra que deu nome à cor que veio daqui. Estamos na Turquia, no Sul, a dez minutos de carro de Kemer, 40 quilómetros de Antália, a capital da elogiada Riviera Turca. E, por aqui, entre bananeiras, palmeiras, buganvílias, russélias, zínias e cravos de mil cores — as flores são mudadas todos os meses para que nenhuma planta esteja por florir —, espera-se e esmera-se para o que aí vem. Que, como em todos os resorts deste gigante hoteleiro, é um sem-número de coisas. Tudo incluído, numa pulseira no braço.

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A gastronomia é um dos pratos fortes do Club Med Palmiye Sérgio Azenha

Primeiro, há os 900 metros de costa, com água amena (no Verão chega aos 28 ºC) e pedrinhas que podem maçar os mais sensíveis (nada como levar calçado apropriado). O mar convida à imersão, mas também à aventura: pode-se praticar vela, esqui náutico, windsurf, caiaque, snorkeling (com direito a peixes atrevidos) e stand up paddle, que, avisamos, pode ser um desafio ao equilíbrio. Fora da água, também só está parado quem quer: há tiro ao arco, 13 campos de ténis, um de futebol, outro de basquetebol e ainda mais um de vólei, aulas de fitness, de pilates à zumba, uma escola de trapézio com actividades circenses e grupos de caminhada. Ao todo, partilhadas pelo hotel, mais calmo e totalmente acessível, e pelo villagio, zona de bungalows onde há actividades para todos os gostos, existem seis piscinas, uma delas para crianças, com escorregas a preceito, e outra zen, interdita aos mais pequenos.

Quatro restaurantes convidam a diferentes viagens gastronómicas com muitas ofertas locais: os de especialidades Bosphore e Topkapi (e uma imperdível espetada de solha) e os buffets (dos bons!) do Phaselis e do Olympus, onde não faltam iguarias turcas, como doner kebab, pastéis börek, pide (pizza turcas), karniyarik (beringela recheada) e dulcíssimas baklavas. A lista continua: seis bares (incluindo um de praia com festas temáticas e coreografias muito bem ensaiadas), hammam (o verdadeiro banho turco) e tratamentos de spa (não incluídos). E, sendo este um resort ideal para “casais e famílias”, nas palavras de Perrine Duriau, gerente de relações com os hóspedes, existem quatro pequenos clubes dedicados às crianças e jovens com actividades de manhã à noite, seis dias por semana — do Baby Club, para bebés dos quatro aos 23 meses, ao Passworld, para adolescentes até aos 17 anos. “Tudo está organizado para as famílias”, confirma a gentil organizadora (GO), na gíria do grupo francês. “Se alguma equipa vir uma criança sozinha, vai logo perguntar onde estão os pais. As famílias sentem-se seguras.” Por outro lado, um pai que deixe os filhos no Mini Club não precisará de ficar sozinho: certamente que irá partilhar a refeição com algum GO ou um outro hóspede (que, por aqui, é um gentil membro, GM). “Muitos GM vêm para cá por causa dessa relação. Qualquer pessoa se pode sentar à mesa, podem conhecer pessoas.”

2018, um ano de mudança?

Sim, há tanta coisa para fazer que até se pode esquecer que há um mundo para ver lá fora, para além daqueles portões. Mas convém lembrar que Kemer está ali ao lado e Antália também não está longe. Existem várias visitas guiadas que podem ser reservadas e que são quase obrigatórias, ainda que não estejam incluídas — a viagem de 3h30 até Pamukkale e Hierápolis é longa, mas vale a pena. Não é à toa que muitos a apresentam como a atracção mais popular do país, arrastando dois milhões de visitantes por ano.

Após anos conturbados, parece que os viajantes estão a voltar à Turquia. Desde a viragem do milénio que o número de turistas vinha progressivamente a aumentar, atingindo um valor recorde em 2014, quando 37 milhões de pessoas entraram no país, colocando-o nos rankings mundiais de turismo. No entanto, nos anos subsequentes, a sucessão de atentados terroristas e a instabilidade regional e política afastaram os curiosos: 2016 foi um ano para esquecer, nas palavras do Guardian, com o número de visitantes a ficar na casa dos 25 milhões. O Club Med Palmiye também o sentiu ­— nesse ano, conta Perrine, a lotação ficou pela metade; em 2017, apenas o villagio esteve aberto, mas noites havia em que apenas pernoitavam 200 pessoas. Nesta temporada, porém, tudo mudou: o resort, que tem capacidade para 1800 hóspedes, esteve repleto. “Os clientes estão a voltar”, diz a belga de 27 anos, confirmando as expectativas do ministro da Cultura e do Turismo, Mehmet Nuri Ersoy, que afiança que este ano o país vai ultrapassar a barreira dos 40 milhões de visitantes. Chegam também atraídos pela desvalorização da lira e muitos vindos de geografias que não cabiam nas radiografias passadas: Rússia, Ásia e Médio Oriente.

Por estes dias, então, espera-se e esmera-se para o que aí vem. Desde 1988 que o Club Med Palmiye aproveita este interregno para crescer e/ou mudar qualquer coisa. Há três anos vieram duas piscinas; há dois, uma remodelação. Desta vez, até 27 de Abril, data da reabertura, vai-se trabalhar na renovação dos quase 400 quartos do villagio. No futuro, quem sabe: há um projecto para construir dois novos edifícios e assim receber mais hóspedes. Certeza, só temos uma: aqui, haverá sempre um jardim florido.

A Fugas viajou a convite do Club Med e da Turkish Airlines

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