Tomás Silva é o novo campeão nacional profissional

Leonor Bessa e José Dias vencem provas feminina e de seniores no Oporto GC

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Tomás Silva no momento da consagração em Espinho

Leonor Bessa e Tomás Silva conquistaram hoje (Sábado), pela primeira vez, o Solverde Campeonato Nacional PGA, enquanto José Dias somou o seu segundo título de seniores. O torneio de 13 mil euros em prémios monetários, a decorrer no Oporto Golf Club, em Espinho, termina amanhã com o Mateus Rosé Pro-Am. 

Leonor Bessa e Tomás Silva já tinham sido campeões nacionais amadores recentemente. 

O profissional do Club de Golf do Estoril foi campeão amador em 2010, 2014 e 2015. Interessante que Tomás Silva também já tinha sido, em 2017, o n.º1 da Ordem de Mérito 1080 Produções/PGA Portugal, no seu primeiro ano de profissional e agora, na segunda época, sagra-se campeão nacional. 

No caso da jogadora do Club de Golf de Miramar, foi campeã nacional amadora em 2017 e em 2018. Este foi, aliás, o seu primeiro torneio como profissional e sagrou-se logo campeã nacional. Desde Pedro Figueiredo em 2013 que não havia uma estreia tão auspiciosa. 

Quanto a José Dias, profissional do Dom Pedro Golf Collection, já tinha arrebatado o título de seniores em 2012, no Quinta do Peru Golf & Country Club, e agora repetiu a dose.

No torneio feminino, Leonor Bessa totalizou 146 pancadas, 4 acima do Par, após voltas de 72 e 74, que lhe valeram o primeiro prémio monetário da sua carreira no valor de 500 euros. 

Susana Ribeiro, a tricampeã nacional de 2015, 2016 e 2017, teve de contentar-se desta feita com os 300 euros do vice-campeonato, na sequência das suas 148 pancadas, 6 acima do Par, com rondas de 72 e 76. 

Na competição masculina, Tomás Silva totalizou 201 pancadas, 12 abaixo do Par, entregando cartões de 67, 65 e 69. Embolsou 2 mil euros e deixou a 3 pancadas de distância Ricardo Santos (70+67+67), que auferiu 1.500 euros. 

Ricardo Santos fora campeão neste mesmo campo de Espinho em 2016 e no Ribagolfe em 2011. Este ano jogou lesionado nas costa e mesmo assim foi 2.º classificado graças a tratamentos diários. 

O 3.º lugar foi dividido entre quatro jogadores com 205 (-8): João Ramos (65+68+72), que liderou o torneio aos 18 buracos; João Carlota (68+63+64), que comandou a prova aos 36 buracos; Tomás Melo Gouveia (69+67+69) e o britânico residente no Algarve, Nathan Brader (66+70+69). Cada um arrebatou 812,5 euros. 

Na prova de seniores, José Dias agregou 146 pancadas, 4 acima do Par, após jornadas de 72 e 74, com uma remuneração de 500 euros. 

Joaquim Sequeira (campeão no Oporto em 2015 e 2016) e Elídio Costa (vencedor em 2017) partilharam o segundo lugar com 151 (+9). Cada um ganhou 250 euros. Sequeira fez voltas de 78 e 73, enquanto Costa apresentou 76 e 75. 

O torneio sancionado pela Federação Portuguesa de Golfe e organizado pela PGA de Portugal terminou com os melhores resultados de sempre nos quatro anos em que se realizou no Oporto Golf Club. 

Em parte devido ao bom tempo, sem vento nos dois primeiros dias, com sol e calor, mas, sobretudo, «porque os jogadores mostram cada vez mais a sua qualidade», como explicou José Correia, o presidente da PGA de Portugal. 

“O golfe profissional está em clara ascensão em Portugal. Para o ano vamos ter dois jogadores no European Tour, uns cinco ou seis a competirem regularmente no Challenge Tour, mais dois ou três no Alps Tour Golf, e muitos no Portugal Pro Golf Tour”, acrescentou o também membro da Direção da Federação Portuguesa de Golfe. 

É verdade que em três dias de prova só houve vento hoje de manhã e também notou-se que os greens não estiveram tão rápidos este ano em relação aos três anos anteriores, tornando-se mais recetivos aos approaches, mas as 12 pancadas abaixo do Par de Tomás Silva superaram as -7 do título de Ricardo Santos em 2016; as 4 acima do Par de Leonor Bessa não são recorde mas ficaram perto das +2 de Susana Ribeiro em 2017; e as +4 de José Dias pulverizaram as +10 de Elídio Costa no ano passado. E no total houve nove jogadores entre 36 participantes a terminarem abaixo do Par! 

“Tivemos a ajuda do tempo e o campo estava fantástico – admitiu Tomás Silva – mas não foi só o meu resultado, houve muitos abaixo do Par. O nível profissional em Portugal está muito alto, ganhou-se em Palmares com -12 (João Carlota), no Bom Sucesso com -11 (João Carlota), em Ponte de Lima com -1 (Nelson Cavalheiro) e um tempo terrível, no Penina com -9 (Tomás Bessa), em Vidago com -4 (Vítor Lopes), na Terceira com -6 (Miguel Gaspar). O último Campeonato Nacional que joguei neste campo como amador, em quatro voltas, ganhou-se com -4 (Pedro Lencart). Esta semana foram -12 em três dias. Tudo isto mostra a evolução do nível dos profissionais em Portugal.” 

O Solverde Campeonato Nacional PGA e o Mateus Rosé Pro-Am são patrocinados pela Câmara Municipal de Espinho, Federação Portuguesa de Golfe, Audi e Hotel Apartamento Solverde (alojamento oficial do torneio). Têm ainda os apoios da Vitalis, GreatGolf, e apresentam como parceiros media a SportTV, Porto Canal, Forum TV, Record, Portugal Golf & Islands, Golf 2 All, GolfTattoo e Cision. 

Declarações dos campeões nacionais

Leonor Bessa: “É uma boa forma de começar esta nova etapa de carreira profissional e fico com mais motivação para o que vem a seguir, a final da Escola de Qualificação do Ladies European Tour.” 

José Dias: “Há um gozo especial em ser campeão nacional. Não vinha cá à espera de ganhar. Nos seniores o mais importante é a camaradagem e não tanto ganhar ou perder. Eu trabalho no Dom Pedro Victoria Golf Club onde há muito trabalho e às vezes é difícil poder vir jogar dias seguidos e tive de faltar uns anos.”  

Tomás Silva: “Era um dos objetivos que tinha traçado era o de ser campeão nacional. Joguei muito bem ao longo destes três dias, consegui ‘patar’ muito bem. Foi uma prova renhida, com muitos jogadores abaixo do Par.” 

Jovem de 15 anos o melhor amador 

Merecem especial destaque outros dois resultados do Solverde Campeonato Nacional PGA. Kiko Matos Coelho, de apenas 15 anos, foi o melhor amador, em 10.º empatado com Tiago Rodrigues, com o resultado de 213 (70+72+71), Par. E Luís Franco foi o melhor dos cinco madeirenses, no 20.º lugar, com 226 (81+74+71), +13.

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