Seis arguidos por maus tratos em unidade das Aldeias das Crianças SOS

Em causa, estão os maus-tratos infligidos às crianças e jovens da unidade de Gulpilhares, em Vila Nova de Gaia, por um ex-director e quatro antigas funcionárias. Associação também é arguida.

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NUNO FERREIRA SANTOS

Os alegados maus tratos infligidos por um ex-director, Rui Dantas, e por quatro antigas funcionárias da unidade das Aldeias das Crianças SOS de Gulpilhares, em Vila Nova de Gaia, são razão para levar os antigos colaboradores e a associação a julgamento. A decisão foi anunciada pelo Tribunal de Instrução Criminal do Porto, a 12 de Outubro, na sequência de um debate instrutório.

A notícia é avançada pelo Jornal de Notícias (JN) na edição desta sexta-feira. As quatro antigas funcionárias, que eram auxiliares, mães sociais e educadoras terão insultado e humilhado com frequência as crianças e jovens durante "largos anos". O director saberia dos casos, nada fazia, e também terá maltratado alguns dos jovens. Pelo menos seis crianças terão sido vítimas destes abusos.

“Os arguidos foram acusados de ministrarem castigos físicos a diversas crianças e jovens e de os sujeitarem a tratamentos humilhantes”, lê-se no site da Procuradoria-Geral Distrital do Porto.

Ao PÚBLICO, Luís Cardoso de Meneses, o secretário-geral da associação diz que, ao saber do caso, em 2015, foram tomadas “medidas energéticas” no sentido da reorganização das equipas, reforço da supervisão e maior intervenção junto das crianças. Os casos remontam a 2013.

Desde 2016 que esta unidade já recebe novas crianças e, hoje em dia, “a Aldeia actua com total normalidade”. O secretário-geral reforça que “qualquer tipo de mau trato é inadmissível”.

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