"Brexit" não muda número de jogadores estrangeiros nos clubes ingleses

O campeonato inglês de futebol, mesmo depois do "Brexit", vai continuar a contar com o número de jogadores estrangeiros anteriormente estipulado.

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O futebol inglês tenta não ser afectado pelo "Brexit" Reuters/DAVID KLEIN

Os clubes da Liga inglesa recusaram esta quinta-feira uma proposta da federação que consistia em aumentar uma quota que beneficiava a participação de jogadores ingleses no campeonato.

O órgão regulador das competições de futebol em Inglaterra queria reduzir para 12 o número de jogadores estrangeiros num clube. Actualmente, os emblemas ingleses podem ter 17 futebolistas de nacionalidades diferentes das do Reino Unido. O objectivo, disse a Liga inglesa pela boca do seu chefe executivo Martin Glenn, era de "fomentar o desenvolvimento do jogador inglês, que passaria a ter mais espaço nos plantéis da Premier League".

Uma das vozes deste chumbo foi o vice-presidente do West Ham, David Gold. "A fórmula que temos funciona. Porquê mudar? Apoiamos o futebol inglês, queremos que tenha sucesso. Não queremos fazer coisas que não sabemos se vão resultar", justificou ao Daily Telegraph, citado pela Reuters.

Para podermos entender o quão grave isto pode ser para os clubes ingleses, basta colocá-la em prática neste preciso momento. Só sete dos 20 clubes que disputam a Premier League estariam em condições de competir na prova: Crystal Palace, Wolverhampton (ambos com 12 estrangeiros), Southampton (11), Everton (dez), Cardiff City (sete), Burnley (seis) e Bournemouth (cinco). Se a regra de facto avançasse com o "Brexit", os restantes emblemas teriam de descartar imediatamente vários dos jogadores estrangeiros do plantel, vendendo-os a outros clubes, fenómeno que poderia abalar o mercado de transferências.

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