RTP já enviou pedidos de autorização de novas contratações ao Governo

As contratações de duas jornalistas para a direcção de informação acontecem ao mesmo tempo em que os trabalhadores precários da estação aguardam por respostas do Governo.

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Paulo Pimenta

A RTP já enviou aos membros do Governo os pedidos de autorização formal da contratação de Helena Garrido e Cândida Pinto para adjuntas da direcção de informação de televisão, disse nesta quinta-feira à Lusa fonte oficial.

"O processo conducente à constituição da nova equipa da direcção de informação da RTP está a seguir os trâmites legais. A RTP já enviou os pedidos de autorização formal aos membros do Governo", afirmou a mesma fonte, quando instada a comentar o facto de o Ministério da Cultura não ter ainda recebido o pedido de autorização.

Anteriormente, contactada pela Lusa, fonte oficial da tutela afirmou que "o Ministério da Cultura não foi consultado antes do anúncio público da contratação de pessoas externas ao universo RTP para a nova direcção de informação".

Além disso, "à data de hoje, ainda não deu entrada qualquer pedido de autorização prévia relativo a esta matéria", afirmou a mesma fonte oficial do ministério tutelado por Graça Fonseca.

De acordo com informação a que a Lusa teve acesso, o Ministério da Cultura enviou uma carta na quarta-feira ao presidente do Conselho de Administração da RTP, Gonçalo Reis, a dizer que estava a aguardar a recepção do pedido de autorização para estas contratações.

Na próxima semana, a ministra da Cultura vai receber os representantes da Comissão de Trabalhadores da RTP, como também dos precários, estando já agendadas duas audiências.

Tensão nas contratações

Maria Flor Pedroso, que foi nomeada directora de Informação de televisão há um mês na sequência da saída de Paulo Dentinho, mantém como adjunto o jornalista António José Teixeira e volta a promover também a esse cargo Hugo Gilberto (este último está no Centro de Produção do Norte da RTP). Hugo Gilberto tinha “descido” a subdirector na remodelação do final de Julho.

A notícia da contratação de duas directoras adjuntas no mercado aconteceu durante o processo de regularização de trabalhadores precários tem-se arrastado, na mesma semana em se realizou um protesto destes trabalhadores à porta da empresa.

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