Ministro nega problemas de registos nos militares

Ex-Chefe de Estado Maior do Exército tinha admitidos problemas nos registos de armamento.

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MInistro esteve no Parlamento a falar sobre OE 2019 LUSA/JOÃO RELVAS

O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, declarou esta quarta-feira que as Forças Armadas "não têm problemas de inventário" e remeteu o esclarecimento sobre "informações contraditórias" no "caso de Tancos" para as investigações judiciais em curso.

"Não, as Forças Armadas não têm problemas de inventário", disse João Gomes Cravinho, em resposta a uma pergunta do deputado do PSD, Pedro Roque, no debate na especialidade do orçamento do sector da Defesa para 2019, na Assembleia da República, em Lisboa.

O ministro admitiu que "há efectivamente algumas informações contraditórias" relativamente ao material furtado dos paióis de Tancos e àquele que foi recuperado, mas frisou que, no momento, existem "limitações na elucidação total" por haver um processo judicial em curso.

Sobre a questão do inventário, João Gomes Cravinho disse ainda que obteve "todas as garantias de que precisava" em conversa com o chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), Nunes da Fonseca.

As declarações do ministro contrariam as afirmações feitas há pouco mais de um ano pelo ex-CEME, Rovisco Duarte, quando foi anunciado que o material roubado tinha sido encontrado. Questionado sobre o facto de ter aparecido uma caixa de munições que não estava na lista das armas roubadas, considerou a situação “compreensível”, “porque é comum haver problemas de registo” daquilo que os militares chamam de “material volante”. Na prática, este material é utilizado na instrução, podendo ter sido registada a sua saída e não ter sido na realidade consumido por várias razões, incluindo atmosféricas, regressando ao paiol.

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