Novak Djokovic tossiu, mas não se engasgou
Marin Cilic também venceu na fase de grupos das ATP Finals, no primeiro encontro da semana decidido em três sets.
Mesmo sem estar totalmente recuperado de um problema de saúde, Novak Djokovic garantiu a presença nas meias-finais das ATP Finals, em Londres. O sérvio assoou-se muitas vezes, por vezes tossiu e, mesmo sem estar a 100%, nunca esteve em dúvida a sua superioridade no embate com Alexander Zverev, na segunda jornada do Grupo Guga Kuerten. Mas foi quando já recuperava do esforço, que Djokovic viu John Isner ganhar o set inicial a Marin Cilic, o que lhe garantiu a qualificação.
“Infelizmente, hoje não foi um grande dia, mas, de alguma forma, consegui encontrar forças quando precisei”, afirmou o líder do ranking, após derrotar Zverev (5.º), por 6-4, 6-1. “Penso que joguei bem a partir de meio do primeiro set. Comecei a bater mais solto na bola e ele também cometeu muitos erros do fundo do court, que me permitiram vencer mais facilmente do que esperava”, explicou Djokovic.
Zverev, o mais novo dos oito participantes nas ATP Finals, com 21 anos, equilibrou o encontro até ao 4-4, quando desperdiçou dois break-points. Mas Djokovic, 10 anos mais velho, recompôs-se rapidamente e dispôs das suas oportunidades, acabando o alemão, pressionado, por ceder a partida com a sua primeira dupla-falta. A acusar algum cansaço mental, Zverev cedo começou a ver Djokovic distanciar-se no segundo set, sem que tenha conseguido uma única oportunidade de break. Depois de fazer o 3-1, o sérvio dominou totalmente o encontro até fechar ao fim de 1h16m.
“Zverev é o melhor tenista da nova geração, já provou o seu valor, tendo conquistado três Masters 1000, o que é impressionante. Mas nós, os mais velhos, continuamos a trabalhar bastante e de forma inteligente, e a nossa experiência também acaba por desempenhar um papel importante neste tipo de encontros”, adiantou Djokovic.
Já Zverev justificou a descida de nível no segundo set com o aumento da fadiga. “O problema é que a nossa época é demasiado longa. Jogamos durante 11 meses, o que é ridículo; em nenhum outro desporto profissional acontece isto. Obviamente que tive oportunidades no primeiro set e penso que o encontro foi mais equilibrado do que o resultado indica”, frisou o alemão, que ainda terá de defrontar John Isner na última jornada.
À noite, no primeiro encontro da semana decidido em três sets, Marin Cilic (7.º) somou a sua primeira vitória nas ATP Finals, ao vencer Isner (10.º), por 6-7 (2/7), 6-3 e 6-4, em 2h15m, adiando, desta forma, para sexta-feira o apuramento do segundo tenista do Grupo Guga Kuerten a acompanhar Djokovic rumo às meias-finais.