Novak Djokovic tossiu, mas não se engasgou

Marin Cilic também venceu na fase de grupos das ATP Finals, no primeiro encontro da semana decidido em três sets.

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Reuters/ANDREW COULDRIDGE

Mesmo sem estar totalmente recuperado de um problema de saúde, Novak Djokovic garantiu a presença nas meias-finais das ATP Finals, em Londres. O sérvio assoou-se muitas vezes, por vezes tossiu e, mesmo sem estar a 100%, nunca esteve em dúvida a sua superioridade no embate com Alexander Zverev, na segunda jornada do Grupo Guga Kuerten. Mas foi quando já recuperava do esforço, que Djokovic viu John Isner ganhar o set inicial a Marin Cilic, o que lhe garantiu a qualificação.

“Infelizmente, hoje não foi um grande dia, mas, de alguma forma, consegui encontrar forças quando precisei”, afirmou o líder do ranking, após derrotar Zverev (5.º), por 6-4, 6-1. “Penso que joguei bem a partir de meio do primeiro set. Comecei a bater mais solto na bola e ele também cometeu muitos erros do fundo do court, que me permitiram vencer mais facilmente do que esperava”, explicou Djokovic.

Zverev, o mais novo dos oito participantes nas ATP Finals, com 21 anos, equilibrou o encontro até ao 4-4, quando desperdiçou dois break-points. Mas Djokovic, 10 anos mais velho, recompôs-se rapidamente e dispôs das suas oportunidades, acabando o alemão, pressionado, por ceder a partida com a sua primeira dupla-falta. A acusar algum cansaço mental, Zverev cedo começou a ver Djokovic distanciar-se no segundo set, sem que tenha conseguido uma única oportunidade de break. Depois de fazer o 3-1, o sérvio dominou totalmente o encontro até fechar ao fim de 1h16m.

“Zverev é o melhor tenista da nova geração, já provou o seu valor, tendo conquistado três Masters 1000, o que é impressionante. Mas nós, os mais velhos, continuamos a trabalhar bastante e de forma inteligente, e a nossa experiência também acaba por desempenhar um papel importante neste tipo de encontros”, adiantou Djokovic.

Já Zverev justificou a descida de nível no segundo set com o aumento da fadiga. “O problema é que a nossa época é demasiado longa. Jogamos durante 11 meses, o que é ridículo; em nenhum outro desporto profissional acontece isto. Obviamente que tive oportunidades no primeiro set e penso que o encontro foi mais equilibrado do que o resultado indica”, frisou o alemão, que ainda terá de defrontar John Isner na última jornada.

À noite, no primeiro encontro da semana decidido em três sets, Marin Cilic (7.º) somou a sua primeira vitória nas ATP Finals, ao vencer Isner (10.º), por 6-7 (2/7), 6-3 e 6-4, em 2h15m, adiando, desta forma, para sexta-feira o apuramento do segundo tenista do Grupo Guga Kuerten a acompanhar Djokovic rumo às meias-finais.

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