Bruno de Carvalho e Mustafá já estão no Tribunal do Barreiro

Ex-presidente do Sporting poderá ficar sujeito a prisão preventiva, tal como o líder da Juve Leo Nuno Mendes.

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Bruno de Carvalho há um mês, quando tentou ser ouvido pelo Ministério Público António Cotrim/Lusa

O ex-presidente do Sporting Bruno de Carvalho entrou esta terça-feira perto das 9h30 no Tribunal do Barreiro para ser interrogado no âmbito da investigação ao ataque à academia de Alcochete, disse fonte policial.

Bruno de Carvalho e um dos líderes da claque Juventude Leonina, Nuno Mendes, também conhecido por Mustafá, foram detidos no domingo, com base em mandados de detenção emitidos pelo Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa. O ex-presidente do clube lisboeta, que esteve detido nas instalações da GNR de Alcochete, e Mustafá poderão vir a ficar sujeitos a prisão preventiva, tal como aconteceu com 38 das pessoas constituídas arguidas. 

A 15 de Maio, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na academia do clube, em Alcochete, por um grupo de cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, que agrediram alguns jogadores, membros da equipa técnica e outros funcionários. A GNR deteve no próprio dia 23 pessoas e efectuou posteriormente mais detenções, que elevaram para 38 o número de detidos, todos em prisão preventiva, entre os quais está o antigo líder da Juventude Leonina Fernando Mendes.

Do ataque resultou o pedido de rescisão de nove futebolistas, alegando justa causa - alguns dos quais recuaram na decisão -, e levou à constituição de quatro dezenas de arguidos, suspeitos da prática de diversos crimes, entre os quais terrorismo, ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada, sequestro e dano com violência.

Bruno de Carvalho, que à data dos acontecimentos liderava o clube de Alvalade, foi destituído em 23 de Junho e impedido de concorrer às eleições para a presidência do clube, das quais resultou a eleição de Frederico Varandas, actual presidente do Sporting.

Entretanto, uma greve parcial de funcionários judiciais que está a decorrer em todo o país pode vir a a fazer prolongar o interrogatório no Tribunal do Barreiro, uma vez que os oficiais de justiça não estão dispostos a estender o horário de trabalho, como costumam fazer nestas circunstâncias. 

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