Número de mortos de incêndio na Califórnia aumenta para 31

Autoridades avisam que os ventos fortes deverão continuar durante os próximos dias, dificultando o combate às chamas.

Permanecem ainda mais de 200 pessoas desaparecidas
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Permanecem ainda mais de 200 pessoas desaparecidas Reuters/STEPHEN LAM
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Pelo menos 31 pessoas morreram nos incêndios no estado da Califórnia, nos Estados Unidos. De acordo com o xerife do condado de Butte, Korey Honea, há 228 pessoas desaparecidas.

Este domingo, em conferência de imprensa, o xerife afirmou que as equipas de resgate encontraram mais seis cadáveres em Paradise.

Com o mais recente balanço, o incêndio tornou-se num dos mais mortíferos de que há registo nos EUA. É preciso recuar até ao incêndio em Griffith Park, também na Califórnia, em 1933, para encontrar um desastre com as mesmas proporções.

Dos 31 mortos na Califórnia, 29 foram descobertos em Paradise, onde arderam mais de seis mil habitações. As duas outras vítimas foram encontradas em Malibu. 

No total, 300 mil pessoas foram obrigadas a abandonar as suas habitações para fugir às chamas.

Apesar de terem feito alguns progressos no sábado, as autoridades avisaram que as condições atmosféricas adversas deverão continuar ao longo desta semana. O tempo seco e os ventos fortes deverão continuar a dificultar o combate às chamas. “Infelizmente, com estes ventos, isto ainda não acabou”, avisou o comandante de bombeiros da cidade San Luis Obispo, Scott Jalbert.

“Isto não é o novo normal. Isto é o novo anormal”, resumiu o governador californiano, Jerry Brown, apontando o papel das mudanças climáticas em incêndios desta dimensão. À CNN, um meteorologista explicou que a falta de chuva na região fez com que o solo e a vegetação estejam invulgarmente secos, funcionando como o combustível perfeito para a propagação das chamas.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que nega as consequências ambientais das alterações climáticas, culpou as autoridades californianas por “absoluta má gestão” e afirmou que não havia motivo para “estes massivos, mortais e onerosos” incêndios.

Em resposta a Trump, o porta-voz do governador da Califórnia afirmou que o estado estava “focado nas vítimas dos incêndios e nas forças de autoridade e bombeiros que estão a trabalhar incansavelmente para salvar vidas e habitações e não nos tweets ocos e desinformados do Presidente”.

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