Acções da SAG caem 27% e negoceiam em mínimos históricos após agravamento de prejuízos

Grupo ligado ao negócio automóvel diz que “continua empenhada em procurar soluções que permitam garantir a sustentabilidade das principais actividades".

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Grupo distribui marcas da Volkswagen através da SIVA RREUTERS/Shannon Stapleton

As acções da SAG – Soluções Automóvel Global estão hoje a cair, registando mínimos históricos, depois de na sexta-feira a empresa ter apresentado prejuízos consolidados de 12,4 milhões de euros até Setembro.

As acções da empresa têm estado a negociar "no vermelho" desde o arranque da sessão e estavam às 10h10 a cair 27% para 0,06 euros, alcançando, assim, valores mínimos históricos desde a estreia da empresa - que através da SIVA distribui marcas do Grupo Volkswagen - na bolsa de Lisboa em 1998. Pelas 12 horas os títulos tinham recuperado um pouco da queda, que estava agora nos 16,59%, para 0,0684 euros.

Na sexta-feira, a empresa comunicou ao mercado que agravou os prejuízos consolidados nos primeiros nove meses deste ano para 12,4 milhões de euros, face aos 3,8 milhões de euros registados no período homólogo.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa deu conta ainda de que o volume de negócios dos primeiros nove meses atingiu os 446,9 milhões de euros, uma redução de 5,8% face ao mesmo período do ano passado. O EBITDA do terceiro trimestre foi positivo em 2,6 milhões, mas em relação aos nove meses é negativo em quase 500 mil euros, adiantou a SAG.

Já o valor da dívida líquida consolidada, referente a 30 de Setembro, é de 122,8 milhões de euros, um valor ligeiramente inferior em relação ao verificado em 31 de Dezembro de 2017 (125,2 milhões de euros), de acordo com a empresa.

“Continuou a verificar-se, durante o terceiro trimestre de 2018, a situação do risco de liquidez, que contribuiu para o declínio da actividade operacional da subsidiária SIVA”, adiantou o grupo.

A empresa salientou que “continua empenhada em procurar soluções que permitam garantir a sustentabilidade das principais actividades desenvolvidas na área do comércio e distribuição automóvel, pelo que têm vindo a ser desenvolvidas e aprofundadas conversações no quadro de um processo negocial alargado envolvendo potenciais investidores e stakeholders”.

No entanto, alertou a SAG, “o desfecho desse processo negocial não se encontra ainda garantido, não existindo, até à presente data, qualquer decisão ou acordo, nem garantia de que os termos de um eventual acordo venham a permitir salvaguardar a continuidade do grupo SAG Gest tal como presentemente tem vindo a operar ou de que tal acordo venha a existir no futuro”.

Além disso, “à semelhança e conforme já reportado nos trimestres anteriores, o contexto da conta de resultados da SAG Gest, tem vindo a agravar o risco de liquidez, ao que a SAG Gest tem vindo a responder com uma criteriosa e intensa gestão centralizada dos seus fluxos de caixa e uma permanente comunicação com as instituições financeiras que tradicionalmente a têm apoiado", referiu o mesmo comunicado.

O grupo salientou, no entanto, que "a não verificação da capacidade de acomodar os impactos temporários associados às características do principal negócio desenvolvido pela SAG Gest, poderá traduzir-se num risco acrescido para o normal desenvolvimento das actividades da SAG Gest e das suas participadas”.

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