Cego impedido de embarcar com cão-guia em voo da Ryanair

Caso aconteceu no aeroporto de Lisboa. A lei prevê que os cegos possam viajar com cão-guia na União Europeia.

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O passageiro perdeu o voo entre Lisboa e Londres André Rodrigues

Um cidadão cego foi impedido de embarcar com o seu cão-guia num voo da Ryanair entre Lisboa e Londres Stansted, perdendo a viagem. O caso é contado na edição deste sábado do Jornal de Notícias.

A lei prevê que os cegos possam viajar com cão-guia na União Europeia, desde que os animais estejam devidamente documentados, treinados e identificados. Ao Jornal de Notícias, Samuel Natário, o cidadão cego, contou que lhe foi barrada a entrada no voo para o qual tinha reserva por estar acompanhado pelo cão.

“Além de ter vindo dos EUA com a TAP, ao abrigo de um protocolo com a escola [de cães-guia] de Mortágua, o cão já viajou comigo para a Holanda e para Praga e nem a KLM nem a Czech Airlines colocaram problemas, porque conhecem a lei”, disse.

Segundo contou Natário ao JN, quando fez a reserva providenciou “toda a documentação necessária para registo do animal”, seguindo os passos indicados no site da Ryanair.

A Irlanda e o Reino Unido exigem documentação adicional, como a prova de que o cão foi treinado numa organização da Federação Internacional de Cães-Guia. “A escola de Mortágua é afiliada, mas os funcionários não souberam ver que uma federação inclui muitas escolas”, disse Samuel Natário ao JN.

A Ryanair remarcou a viagem de Samuel Natário no mesmo dia, mas sem o cão. Samuel reclamou junto da companhia aérea de baixo custo e da Autoridade Nacional de Aviação Civil.

Ao JN, a Ryanair disse que já pediu explicações à empresa de handling do aeroporto para que se assegure “de que tal não voltará a acontecer”.

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