Ataques anti-semitas subiram 70% em França este ano

"Cada agressão contra um cidadãos por ser judeu ecoa como um novo vidro partido", escreveu o primeiro-ministro no Facebook no dia em que passam 80 anos sobre a Noite de Cristal.

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Edouard Philippe EPA

O número de ataques antissemita em França subiu quase 70% nos primeiros nove meses do ano, diz o primeiro-ministro Edouard Philippe, num texto publicado nesta sexta-feira na rede social Facebook.

"Cada agressão contra um cidadãos por ser judeu ecoa como um novo vidro partido", disse o chefe do Governo referindo-se à Noite de Cristal, quando há exactamente 80 anos as lojas dos judeus e as sinagogas foram destruídas na Alemanha.

Na noite de 9 para 10 de Outubro na Alemanha, na Kristallnacht, mais de mil sinagogas foram queimadas ou totalmente destruídas, assim como centenas de lojas de proprietários judeus. Milhares de judeus foram presos e encaminhados para campos.

"Porquê recordar, em 2018, uma memória tão dolorosa? Porque estamos muito longe de acabar com o anti-semitismo", escreve Philippe, mencionando os números "implacáveis" dos ataques anti-semitas no país desde o início de 2018.

Nos dois anos anteriores estes números tinham começado a baixar, diz o primeiro-ministro alertando concluindo que essa tendência terminou e o número de actos anti-semitas aumentaram desde Janeiro 69%.

Em 2015, estes actos tinham recuado 58%, em 2016,  7% e no ano passado já houve um aumento, com 311 actos contra judeus registados.

Após o atentado contra uma sinagoga em Pittsburgh, nos Estados Unidos, no final de Outubro, Philippe dissera estar determinado a "não deixar passar" qualquer tipo destes crimes em França.

Para 2019, o Governo prepara uma mudança legislativa para reforçar a luta contra o ódio na Internet, pressionando as operadoras de telecomunicações.

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