United de Mourinho provoca revolta em Turim e rouba palco a goleadas

Manchester City e Real Madrid atropelaram o Shakhtar e o Plzen, respectivamente.

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A revolta do Manchester United, em Turim, onde os “red devils” perdiam a quatro minutos do fim, acabou com a invencibilidade da Juventus, que apesar do golo de Cristiano Ronaldo (65’) e das inúmeras oportunidades desperdiçadas — com Khedira e Dybala atraídos pelos ferros à guarda de um De Gea em bom plano — desbaratou uma oportunidade flagrante para seguir de imediato para os “oitavos” da Champions.

José Mourinho manteve o sangue frio, lançou Juan Mata a dez minutos dos 90 e o espanhol, num livre directo, operou a revolução confirmada por um autogolo de Bonucci (90’). O técnico português provocou a plateia, gerando alguma confusão no final, mas a vitória (1-2) permitiu-lhe manter o Valência a dois pontos.

"Fui insultado durante 90 minutos. Vim aqui para fazer o meu trabalho, nada mais. Não ofendi ninguém, apenas fiz um gesto que indicava que os queria ouvir falar mais alto. Provavelmente não o deveria ter feito, e de cabeça fria talvez não o tivesse feito. Mas com a minha família insultada, e até mesmo a minha família do Inter [Milão], reagi assim", justificou Mourinho, à Sky Italia.

No Grupo G, a Roma foi conquistar três pontos a Moscovo, impondo-se ao CSKA (1-2). Os italianos fizeram-se anunciar com o golo de Kostas Manolas (4’), na sequência de um canto, uma vantagem momentaneamente ameaçada pelo remate fulminante de Sigurdsson (50’), mas que a expulsão de Magnusson (56’) ajudou a recuperar três minutos volvidos. Pellegrini (59’) conseguiu o que o companheiro Florenzi falhara de forma incrível ainda na primeira parte (29’).

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Espicaçado pela vitória dos “giallorossi”, o Real Madrid cilindrou o Viktoria Plzen, por 0-5, com Benzema a bisar (20’ e 37’), inspirando Casemiro (23’), Bale (37’) e Toni Kroos (67’). Já sob o comando técnico de Santiago Solari, em estreia na Champions, os “merengues” reconciliaram-se com os golos, evitando os constrangimentos da recepção aos checos, que venderam cara a derrota (2-1) em Madrid, ainda com Lopetegui ao comando. Madrid e Roma aguardam tranquilamente a confirmação do apuramento, já que os quatro pontos do CSKA obrigam a esperar por nova ronda.

Inspiração foi algo que o City de Pep Guardiola esbanjou, não poupando o Shakhtar Donetsk, de Paulo Fonseca, a uma estrondosa goleada (6-0), em Manchester, dobrando a parada do jogo de Kharkiv. David Silva (13’), após serviço esmerado de Riyad Mahrez, abriu a contagem que Gabriel Jesus (24’) haveria de aumentar na conversão de um penálti. Os ingleses voltaram à carga no reatamento do jogo, com Sterling (48’) a elevar a fasquia com um golo de superior execução. O City só descansaria depois de Jesus completar o hat-trick, após novo penálti (72’) e um chapéu (90+2’), quando Mahrez (84’) tinha também assinado o ponto.

O líder da Premier League só não garantiu já a qualificação porque a conjuntura do Grupo F voltou a complicar-se, depois de o Lyon, de Anthony Lopes, ter permitido, mais uma vez, a recuperação do Hoffenheim (reduzido a dez unidades). Os alemães voltaram a empatar nos descontos (90+2’), depois de terem estado a perder por 2-0 na primeira parte. Os franceses recebem os “citizens” na próxima jornada, o que poderá reanimar a luta.

Algo que não assiste ao Bayern, que condenou o AEK (2-0) em Munique, com um bis de Lewandowski, reforçando a liderança do Grupo E, já com seis pontos a mais que o Benfica.

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