Israel saúda anúncio dos EUA de repor sanções contra o Irão

Benjamin Netanyahu aplaudiu a decisão da Casa Branca de reintroduzir, na segunda-feira, todas as sanções contra o Irão abolidas no âmbito do acordo sobre o nuclear assinado em 2015.

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Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelita LUSA/VASSIL DONEV

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, saudou neste sábado o anúncio dos Estados Unidos de que repõem na segunda-feira todas as sanções ao Irão. O chefe de Governo de Israel agradeceu essa decisão ao Presidente norte-americano, Donald Trump.

“Há anos que insisto na reimposição da totalidade das sanções contra o regime terrorista assassino do Irão, que põe em perigo o mundo inteiro”, disse Netanyahu numa mensagem divulgada pelo seu gabinete após o fim do dia sagrado do Shabat

Netanyahu afirma que os efeitos das primeiras sanções — que se completará com o regresso das restantes, daqui a dois dias — “já se fizeram sentir: o rial [a moeda iraniana] afundou-se, a economia iraniana está em depressão e os resultados são evidentes”. “Obrigado, Presidente Trump, por esta decisão histórica. Não há dúvida de que as sanções estão de volta”, acrescentou o primeiro-ministro israelita, que sempre se opôs ao Plano Integral de Acção Conjunta (JCPOA), o histórico acordo nuclear entre o Irão e os Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha.

Na sexta-feira, a Casa Branca anunciou que vai reintroduzir, com efeitos já na próxima segunda-feira, todas as sanções contra o Irão abolidas no âmbito do acordo sobre o nuclear de Teerão, assinado em 2015, do qual Donald Trump retirou os EUA em Maio.

A indústria petrolífera, as transacções financeiras do Banco Central e o sector portuário iranianos estão no centro destas sanções, que entram em vigor a 5 de Novembro.

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, anunciou que as sanções “serão as mais duras da história do Irão”, indicando que tentam “privar” o regime de Teerão dos recursos necessários para continuar a financiar o terrorismo no mundo. Contudo, afirma, não afectarão alguns produtos básicos para a população, como alimentos e medicamentos.

Dirigidas a sectores vitais da economia iraniana, o objectivo é forçar o Irão a renegociar o acordo histórico que travou o programa nuclear e de mísseis balísticos iraniano, e que Trump considera insuficiente. Haverá excepções temporárias para oito “jurisdições territoriais” que fizeram esforços para reduzir as suas importações de petróleo iraniano.

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