Ronaldo ajuda Juventus a confirmar melhor arranque de sempre

João Mário esteve em grande na goleada do Inter de Milão ao Génova, com três assistências e um golo. Barcelona apanha grande susto em Vallecas, mas Suárez resolveu sobre o apito final.

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Ronaldo contribuiu para o triunfo da Juventus LUSA/ALESSANDRO DI MARCO

Depois das goleadas assinadas pelo Nápoles (5-2 ao Empoli na sexta-feira) e Inter de Milão (5-0 ao Génova já este sábado), a Juventus, líder do trio da frente na Liga italiana, foi mais comedida, mas não perdeu terreno na classificação. Em Turim, os heptacampeões bateram o Cagliari por 3-1, numa partida onde encontraram mais dificuldades do que esperariam e confirmaram o melhor arranquer de sempre.

Depois dos dois golos que valeram o triunfo da sua equipa na jornada anterior, Cristiano Ronaldo contentou-se este sábado com uma assistência para o terceiro da Juventus, assinado pelo colombiano Cuadrado; um remate ao poste e algumas excelentes oportunidades perdidas.

Ao final de 11 rondas o internacional português continua a somar sete golos, num início de temporada ainda pouco exuberante para os seus padrões, mas que já lhe valeram, mesmo assim, um recorde na sua nova equipa: desde a temporada de 1957-58 que nenhum jogador da "Juve" apontava tantos golos nas dez primeiras jornadas do campeonato.

Este é o sétimo melhor registo de Ronaldo à passagem de uma 11.ª jornada, tanto em Inglaterra como em Espanha. Só ao serviço do Real Madrid o madeirense fez melhor: 11 golos em 2010-11; 10 em 2011-12; 12 em 2012-13; 11 em 2013-14; 18 em 2014-15 (o seu recorde) e 8 em 2015-16.

De referir que na época passada, a última ao serviço dos "merengues", contabilizava apenas um, tendo alinhado em sete das 11 primeiras partidas da Liga espanhola.

Frente ao Cagliari, Ronaldo viu a "Juve" arrancar da melhor maneira, com o seu companheiro do ataque Dybala a inaugurar o marcador logo aos 42 segundos do encontro. Melhor cenário era impossível para a “vecchia signora” de Turim, mas as coisas complicaram-se um pouco quando o ex-jogador do Estoril João Pedro Galvão empatou o encontro para os visitantes, aos 37’, batendo pelo caminho o defesa português João Cancelo.

As esperanças do Cagliari murcharam em apenas dois minutos, com um autogolo de Bradaric, quando tentava interceptar um cruzamento de Douglas Costa. A Juventus sairia para o intervalo com uma vantagem mínima – com CR7 a acertar no poste nos descontos da primeira metade -, mas mantendo o adversário vivo no encontro.

Na segunda parte, houve oportunidades de parte a parte, mas acabaria por ser Ronaldo a desenhar a jogada do terceiro golo da "Juve", assistindo Cuadrado (saído do banco) que isolado não falhou.

Este foi o 10.º triunfo dos heptacampeões italianos em 11 encontros da Liga - onde somam também um empate -, confirmando o melhor arranque de sempre da Juventus no campeonato. Um triunfo que manteve à distância de seis pontos o Inter e o Nápoles.

João Mário brilhante

A equipa de Milão teve uma tarde arrebatadora ao esmagar em casa o Génova por uma mão cheia de golos. Com três portugueses em acção, acabou por ser o ex-sportinguista João Mário um dos grandes protagonistas do encontro. O médio, que não tem sido feliz ao serviço do Inter, voltou a merecer a confiança do treinador Luciano Spalletti no “onze” titular e retribuiu com generosidade.

Assinou três assistências para golo (Gagliardini, Politano e Nainggolan) e apontou ele próprio o quarto da sua equipa, naquela que foi a sua melhor exibição em Itália. Mais negra foi a tarde para o jovem Pedro Pereira - emprestado pelo Benfica ao Génova e que alinhou como titular – e para Miguel Veloso, que entrou aos 56’, quando os forasteiros já perdiam por 3-0.

Barcelona assusta-se

Em Espanha, o Barcelona não se livrou de apanhar um grande susto nesta 11.ª jornada do campeonato. Em Vallecas, frente ao Rayo local, a equipa catalã começou a vencer, com um golo de Luis Suárez logo aos 10’, mas permitiu ao adversário dar a volta ao marcador.

Pozo (35’) e Garcia (37’) colocaram a equipa da casa em vantagem, mas o Rayo Vallecano não resistiu ao pressing final do Barcelona. Dembele empatou aos 87’ e Suárez bisou já nos descontos.

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