E, no fim, ganhou Djokovic

O futuro número um mundial vai disputar a final do Paris Masters com Khachanov.

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Novak Djokovic Reuters/GONZALO FUENTES

O 47.º duelo entre Novak Djokovic e Roger Federer não defraudou as expectativas: três horas de ténis de altíssimo nível. O sérvio, que vai ocupar o topo do ranking mundial na segunda-feira, manteve a invencibilidade pelo 22.º encontro consecutivo, diante do suíço de 37 anos, que procurava, no Rolex Paris Masters, o 100.º título da carreira. Apenas pela segunda vez em 39 encontros em que não conseguiu um break, Djokovic venceu; e foram 12, as oportunidades que teve.

“Já tivemos encontros épicos ao longo da nossa rivalidade mas este foi, sem dúvida, um dos melhores. A par da meia-final com Nadal em Wimbledon este foi o mais excitante que disputei este ano e, provavelmente, aquele com ténis de melhor qualidade”, admitiu Djokovic, depois de somar a 25,ª vitória sobre Federer, pelos parciais de 7-6 (8/6), 5-7 e 7-6 (7/3).

No set inicial, Djokovic dispôs de cinco break-points, quatro dos quais no nono jogo de 15 minutos. Após uma hora de jogo e 45 pontos ganhos por cada um, Federer começou melhor o tie-break (2/0, 4/2), foi o primeiro a dispor de um set-point (6/5), só que a 6/7, a esquerda traiu-o – o seu 21.º erro não forçado.

O primeiro break-point a favor do suíço surgiu no segundo jogo do segundo set, mas teve ainda de anular três antes de chegar a 6-5 e obter outra oportunidade, fechando uma série de nove pontos ganhos em 11, para vencer a partida.

O equilíbrio manteve-se no set decisivo, tal como as ocasiões de break de Djokovic. A 4-4 (15-40), Federer salvou duas com bons serviços e o sérvio vingou-se na raqueta. E, ao fim de duas horas e 56 minutos, novo tie-break. Foi então que o suíço baixou o nível; a 1/2 cedeu dois pontos com o serviço, o segundo com uma dupla-falta e, rapidamente, Djokovic cimentou uma vantagem (6/1) inalcançável.

“Novak está obviamente num bom momento. Podemos senti-lo. Ele protege muito bem o seu serviço, penso que também fiz o mesmo e, no fim, resumiu-se a poucas coisas, aqui e ali”, reconheceu Federer.

Na final do Rolex Paris Masters, Djokovic vai encontrar Karen Khachanov, na sua estreia numa final de um Masters 1000, após derrotar três "top-10" – só tinha uma vitória até esta semana diante de adversários desta cotação. A última vítima de Khachanov (18.º) foi Dominic Thiem (8.º), derrotado em 70 minutos: 6-4, 6-1.

O encontro fiou decidido num curto intervalo de tempo: a 5-4, o russo de 22 anos quebrou o serviço de Thiem para fechar o set e, depois de uma troca de breaks a abrir a segunda partida, Khachanov alinhou cinco jogos consecutivos, sem enfrentar qualquer break-point.

Entretanto, foi confirmada a ausência de Juan Martin del Potro das ATP Finals, ficando assim completo o quadro: Djokovic, Federer, Rafael Nadal, Alexander Zverev, Kevin Anderson, Marin Cilic, Dominic Thiem e Kei Nishikori.

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