Treze mortos em queda de autocarro provocada por passageira que deixou passar a sua paragem

A mulher bateu com o telemóvel na cabeça do motorista, levando-o a tirar a mão do volante. O veículo chocou com um carro antes de mergulhar no rio.

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O acidente causou 13 mortos Reuters/CHINA STRINGER NETWORK

Uma luta entre o motorista de um autocarro e uma passageira fez com que o veículo caísse ao rio Yangtzé, no município de Chongqing, na China. O acidente, no domingo, causou 13 mortos, e dois passageiros continuam desaparecidos, revelaram as autoridades.

De acordo com as câmaras de vigilância do autocarro, o motorista, Ran, de 43 anos, foi atingido na cabeça por uma passageira, identificada pelas autoridades como Liu, de 48 anos.

Liu pediu a Ran que parasse o autocarro “imediatamente” quando percebeu que tinha passado a sua paragem. O motorista recusou, por não ser permitido fazer paragens não autorizadas. O motorista tirou a mão direita do volante quando Liu lhe deu com o telemóvel na cabeça, e a mão esquerda de Ran virou o volante inadvertidamente, fazendo com que o autocarro, que viajava a 51 quilómetros por hora, colidisse com um carro e caísse ao rio.

Os corpos de 13 dos 15 passageiros foram identificados na quarta-feira pelas equipas de salvamento, diz o diário China Daily. Dois passageiros continuam desaparecidos.

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A equipa de salvamento ajuda um mergulhador CHINA STRINGER NETWORK/Reuters

O autocarro foi retirado do rio na quarta-feira. Mais de 70 barcos de salvamento estiveram no local, bem como três gruas flutuantes. Segundo o Ministério para Situações de Emergência, os trabalhos de salvamento foram “especialmente difíceis” devido às pequenas dimensões do veículo, a profundidade e a corrente do rio, e a visibilidade limitada, diz o China Daily.

As autoridades concluíram que Liu e Ran “violaram a lei ao pôr a segurança pública em risco”, avança o Global Times. Em declarações ao China Daily, o advogado Zhao Hu disse que as famílias das vítimas “têm o direito de pedir compensações da companhia de autocarros e da família da mulher que lutou com o motorista”.

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