Consumo de electricidade subiu 1,1% em Outubro

Em mês mais ventoso, a produção eólica aumentou e as renováveis garantiram 45% do consumo, mas 51% foi assegurado por gás natural e carvão.

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Entre Janeiro e Outubro a electricidade produzida nas barragens abasteceu 23% do consumo nacional ADRIANO MIRANDA

O consumo de energia eléctrica aumentou 1,1% em Outubro face ao mesmo período do ano passado, revelou a REN nesta sexta-feira. Segundo a empresa responsável pela gestão do sistema eléctrico nacional e pelas redes de transporte energético, o consumo de electricidade cresceu apenas 0,4% em termos homólogos, se corrigidos os efeitos das temperaturas e o número de dias úteis.

Olhando para a variação acumulada anual, no final de Outubro o crescimento do consumo atingiu 2,8% (1,6% quando corrigidas as temperaturas e os dias úteis). “As precipitações muito reduzidas prolongaram o período seco, com um índice de hidraulicidade de apenas 0,41”, mas “a produção eólica teve condições muito favoráveis com o índice respectivo a situar-se em 1,19”. Assim, em Outubro, a produção renovável conseguiu abastecer 45% do consumo nacional e a produção não renovável, 51%. Quanto aos restantes 4%, foram garantidos com recurso a importações.

Neste mês mais ventoso, cresceu o peso da produção eólica e reduziu-se a necessidade de recorrer às centrais a gás para produzir electricidade. Assim, segundo a REN, o consumo de gás natural caiu 1,2%, pois embora o segmento de consumo convencional (famílias e empresas) tenha crescido 1,4%, a utilização pelo mercado eléctrico contraiu 5,9%. Em termos acumulados anuais, no final de Outubro o consumo de gás natural recuou 6,8% face ao período homólogo, graças a uma contracção de 23% no mercado eléctrico e apesar de um crescimento de 4,4% no segmento convencional.

Entre Janeiro e Outubro, a produção renovável abasteceu 52% do consumo das famílias e empresas portuguesas – a produção hidroelétrica pesou 23% no conjunto, a eólica respondeu por 22% do consumo, a biomassa por 5% e a fotovoltaica por 1,6%. 

A produção não renovável abasteceu os restantes 48% do consumo, com o gás natural a assegurar 28% das necessidades e o carvão os restantes 20%.

No conjunto do ano, o saldo de trocas com o estrangeiro era exportador, equivalendo a cerca de 6% do consumo nacional.

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