Ministro da Defesa orgulhoso do Arquivo Histórico Militar atribui mérito a Azeredo Lopes

As novas instalações do arquivo situam-se no edifício onde funcionaram as antigas oficinas gerais de fardamento do Exército.

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João Gomes Cravinho, ministro da Defesa Nacional LUSA/Manuel Almeida

O ministro da Defesa Nacional inaugurou nesta quarta-feira as novas instalações do Arquivo Histórico Militar, que reúne dez quilómetros de documentação e completa o Pólo Cultural do Exército, reconhecendo "mérito" ao seu antecessor, Azeredo Lopes.

No final da cerimónia e questionado sobre o furto de material militar em Tancos, João Gomes Cravinho disse não dispor de "informação nova", garantindo que "quando houver tudo será disponibilizado".

"Daqui por algumas décadas tudo isso vai estar disponível no Arquivo Histórico", gracejou, escusando-se a prestar mais declarações sobre o caso de Tancos.

Na inauguração das novas instalações, no edifício onde funcionaram as antigas oficinas gerais de fardamento do Exército, próximo do campo de Santa Clara, Lisboa, João Gomes Cravinho, que tomou posse em 15 de Outubro, disse ter "um sentimento de orgulho, mas também de alguma injustiça" por ver o seu nome associado à obra.

"O professor Azeredo Lopes, na reunião de transição que fizemos, chamou-me a atenção que estariam quase concluídos os trabalhos, assunto ao qual ele dedicava atenção. Obviamente que qualquer mérito que haja do lado do Ministério da Defesa é mérito dele e não meu, mas o Estado tem continuidade", declarou.

Para o ministro da Defesa a iniciativa representa mais possibilidades para investigadores e população em geral compreenderem "a forma como as Forças Armadas são estruturantes no país".

Antes, o Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), general Nunes da Fonseca destacou as capacidades das novas instalações, que podem receber até 15 quilómetros de documentação de valor histórico [actualmente já estão arquivados dez quilómetros de documentos], "climatizado, com mobiliário moderno, orientado para a preservação de documentos e com mais segurança".

O general Nunes da Fonseca disse que "foi feita uma aposta na formação de técnicos" militares e civis através de protocolos com universidades nas áreas da museologia e ciências documentais.

O CEME lembrou que o projecto para a criação de um "pólo cultural do Exército" em Lisboa iniciou-se em 2005, face à reorganização de infra-estruturas e prédios do ramo, faltando a reabilitação do piso térreo do edifício sul da antiga Fundição de Canhões "para instalar as reservas de artilharia" e a "conservação do antigo edifício da Revista Militar".

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