Tempestade em Itália faz três mortos e inunda Veneza

Quase toda a Itália está em alerta. Esta é a sexta vez nos últimos 60 anos que o nível médio da "acqua alta" ultrapassa um metro e meio de altura.

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Veneza MANUEL SILVESTRI/Reuters
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A vaga de mau tempo que atinge Itália desde domingo fez três mortos - em Veneza a água atingiu um nível histórico.

Duas pessoas morreram nesta segunda-feira quando uma árvore caiu sobre o veículo em que seguiam, perto de Roma, e um outra foi morta pela queda de uma árvore na rua na região de Nápoles.

Uma grande parte de Itália está em estado de alerta devido à confluência de ventos violentos, chuvas torrenciais e marés vivas.

Em Veneza, a "acqua alta" (água alta) atingiu na tarde desta segunda-feira 156 centímetros, um nível para o qual os passadiços de madeira que permitem circular a seco em caso de inundação já não são seguros.

A praça de São Marcos ficou inacessível aos turistas e muitos tiveram de percorrer as ruas em volta com as crianças às cavalitas e os pés e pernas ensopados.

No domingo, a inundação tinha obrigado a cidade a alterar o trajeto da maratona; mesmo assim parte da corrida foi feita com os pés na água.

É a sexta vez na história recente da cidade que a "acqua alta" ultrapassa o metro e meio: 151 centímetros em 1951, 166 em 1979, 159 em 1986, 156 em 2008 e um recorde de 194 centímetros em Novembro de 1966.

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A praça de São Marcos ficou completamente inundada MANUEL SILVESTRI/Reuters

Além de Veneza, quase toda a Itália está em alerta: vermelho no norte (Ligúria, Lombardia, Vêneto, Friul-Veneza Júlia, Trentino) e nos Abruzos (centros), laranja em boa parte do resto da península e na Sicília.

Todas as escolas de Vêneto foram encerradas, tal como as de Roma, Génova (Noroeste), Messina (Sicília) e de muitas cidades do Piemonte e da Toscânia.

No Nordeste, são esperadas para esta noite rajadas de vento de até 100 quilómetros por hora nas áreas costeiras. O total de precipitação em alguns dias é equivalente ao volume de vários meses.

Algumas zonas montanhosas do Norte de Vêneto já ultrapassaram os 400 milímetros de chuva acumulada desde sábado, e os serviços meteorológicos preveem mais chuva forte.

"Estamos preocupados, porque a situação é análoga, ou talvez pior, àquela que Vêneto viveu nas grandes inundações de 1966 e 2010. Os terrenos já estão saturados de água, os rios têm um caudal elevado e, por causa do siroco [vento quente e seco que sopra do deserto do Sara], o mar não absorve", disse Luca Zaia, presidente da região de Vêneto.

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Andrea Merola/EPA

No Sul, um tornado atravessou a província de Brindisi no domingo, devastando os campos e arrancando pela raiz oliveiras.

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