Secretário de Estado do Ensino Superior lança desafio às escolas agrárias

Sobrinho Teixeira sublinhou que estas instituições de ensino "devem adaptar-se, mas não abandonar o seu cerne"

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Sobrinho Teixeira, secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Nuno Ferreira Santos

O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior defendeu nesta sexta-feira que a principal missão das escolas agrárias é a introdução do conhecimento em todas as suas áreas de actuação e adiantou que este é um grande desafio.

Sobrinho Teixeira, que falava em Castelo Branco, na sessão de encerramento do 1.º Fórum Nacional do Ensino Agrário, disse ainda que as escolas superiores agrárias são um grande factor de sucesso para todo o território nacional e, nomeadamente, para os territórios de baixa densidade onde estão localizadas.

Adiantou ainda que estas instituições não devem entrar "em modas" e abdicar do seu cerne. "Entrar em modas não me parece que seja uma base de trabalho sólida. Não devem abandonar o cerne de uma escola agrária. Devem adaptar-se, mas não abandonar o seu cerne", frisou.

O responsável voltou a realçar a importância da introdução do conhecimento para resistir melhor ao futuro e recordou o desafio que são as alterações climáticas para as escolas superiores agrárias.

Sobrinho Teixeira falou também da importância em estabelecer ligações entre o ensino superior agrário e o ensino profissional e recordou que em Portugal apenas 14% dos alunos do profissional prosseguem estudos no ensino superior.

"Devemos motivar cada vez mais os alunos do ensino profissional a prosseguir os estudos. Todos percebemos a mais-valia de ter mais pessoas qualificadas", disse.

Já o presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), António Fernandes, defendeu um trabalho no sentido de perceber o que é que as organizações necessitam e que quadros têm que ser formados, além de realçar a importância do ensino profissional.

"O ensino profissional é importante, mas não podemos continuar a desperdiçar dois terços dos alunos que terminam o 12.º ano. São estas reflexões que permitem concluir que temos que fazer mais e melhor pelo país", afirmou.

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