Comissão de inquérito a Tancos será presidida pelo socialista Filipe Neto Brandão

Esquema de rotatividade da presidência de comissões de inquérito atribui a competência aos socialistas. Carlos César "puxa as orelhas" ao CDS por admitir chamar Costa: partidos "responsáveis" não fazem isso.

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Filipe Neto Brandão (à direita) vai liderar comissão Nuno Ferreira Santos

A comissão parlamentar de inquérito ao caso de Tancos que será aprovada nesta sexta-feira será presidida pelo deputado socialista Filipe Neto Brandão.

O esquema de rotatividade da presidência deste tipo de comissões confere este novo inquérito parlamentar à bancada socialista.

O anúncio do nome foi feito pelo presidente socialista Carlos César à saída da reunião semanal do grupo parlamentar. E afirmou ainda que o coordenador socialista na comissão será o deputado Ascenso Simões. Ambos os deputados integram a comissão permanente de Defesa Nacional.

"Trabalharemos, como sempre trabalhamos em comissões de inquérito para que os factos sobre os quais os trabalhos incidem sejam plenamente esclarecidos em abono da verdade e da transparência", prometeu o também líder parlamentar socialista.

Questionado sobre a intenção do CDS-PP de chamar o primeiro-ministro a esta comissão, Carlos César disse que "uma iniciativa dessa natureza seria excepcional no quadro parlamentar português e os partidos com determinada responsabilidade histórica no funcionamento do Parlamento não fazem, a qualquer título, propostas dessa natureza". E refugiou-se no facto de a comissão ainda nem ter tomado posse - na verdade ainda nem criada foi - para recusar pronunciar-se sobre as "diligências probatórias que terão lugar".

Acerca da visão do PS sobre se são ou não necessários esclarecimentos adicionais sobre o caso de Tancos, Carlos César vincou que quando o partido "vota favoravelmente" uma comissão de inquérito é porque "deseja que todos os esclarecimentos sejam obtidos e que a matéria seja aprofundada até ao limite em que puder ser".

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