Sondagens: Haddad sobe, Bolsonaro vence nos principais estados

Última consulta do instituto Datafolha revela descida das intenções de voto no candidato de extrema-direita. Ainda assim, Jair Bolsonaro está claramente na frente.

Foto
Reuters/RICARDO MORAES

O candidato de extrema-direita à presidência do Brasil Jair Bolsonaro  apresenta melhor desempenho eleitoral nos estados com maior número de eleitores do que o outro candidato, Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), revela a sondagem do instituto Datafolha divulgado quinta-feira à noite.

Trata-se da última sondagem antes das eleições de domingo em que os brasileiros escolhem o novo Presidente. 

Os números mostram Jair Bolsonaro a vencer nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que são, respectivamente, o primeiro, segundo e terceiro maiores colégios eleitorais brasileiros. Em São Paulo, onde Haddad foi presidente da câmara, 54% dos eleitores disseram que votarão em Bolsonaro; 31% disseram que vão escolher Haddad. 

No Rio de Janeiro, Bolsonaro recolhe 55% das intenções de voto e Haddad 31%.
Na análise geográfica, Fernando Haddad está em vantagem no Nordeste e reduziu a distância para Bolsonaro no Norte e no Sul do país.

Divulgada a três dias da eleição, a sondagem mostra, nos seus números gerais, uma pequena descida de Bolsonaro no resultado final (como já tinha mostrado outra sondagem, do instituto Ibope, na terça-feira) — 59% dos votos dos votos válidos contra 44% do candidato do PT. 

Trata-se de uma redução de seis pontos percentuais na diferença entre os dois candidatos em relação à sondagem anterior do Datafolha.

Oito por cento dos inquiridos disseram que vão votar em branco ou anular o voto, mas 22% deste universo também respondeu que pode mudar de ideia e votar num dos candidatos. Os indecisos são 6%. A margem de erro da sondagem da Datafolha, que ouviu na quarta-feira 9173 eleitores em 341 cidades, é de 2%.

Segundo o Datafolha, Fernando Haddad recuperou terreno sobretudo entre o eleitorado com menos de 24 anos e entre o grupo dos mais ricos (que são os que mais resistem ao candidato do PT), que auferem mais de dez salários mínimos. 

A mudança com mais impacto no total, notam os jornais brasileiros, ocorreu entre os mais pobres (até dois salários mínimos): Haddad tem entre 44% e 47% de intenções de voto enquanto Bolsonaro vai de 39% a 37%.

Bolsonaro continua na frente das intenções de voto nas restantes faixas etárias e grupos de rendimentos.

O eleitorado masculino favorece Bolsonaro (55% contra 35%, mas a cair três pontos em relação à anterior sondagem do mesmo instituto), enquanto o eleitorado feminino está dividido — 42% para Bolsonaro, 41% para Haddad).

A taxa de rejeição de ambos mantém-se elevada: 52% para Haddad (um número em queda) e 44% para Bolsonaro (a subir face à última sondagem).

“Eu diria que o resultado abre uma pequena possibilidade de virada”, ou seja de Haddad ainda poder ter hipóteses de vencer, disse à Globo News o director do Datafolha, Mauro Paulino. “Mas o favoritismo continua sendo de Bolsonaro”.

Sugerir correcção
Ler 10 comentários