Rio aplaude chumbo de Carlos Pereira para a ERSE

Para o líder do PSD, para aquele cargo era preciso alguém com "conhecimento técnico".

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Rui Rio esteve na Chamusca onde defendeu investimentos em obras mais pequenas LUSA/PAULO CUNHA

O presidente do PSD considerou esta quarta-feira "extraordinariamente positiva" a votação desfavorável à nomeação do deputado socialista Carlos Pereira para a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), defendendo que o cargo deve ter pessoas com formação no sector da energia.

"Acho extraordinariamente positiva a votação que decorreu na Assembleia da República (AR) porque as entidades reguladoras têm de ter pessoas com formação e técnica apurada sobre as matérias em causa, neste caso a energia", o que, afirmou Rui Rio, "não era o caso".

Carlos Pereira renunciou entretanto à sua nomeação para a ERSE, apesar de o parecer desfavorável aprovado no parlamento não ser vinculativo.

O líder do PSD foi esta quarta-feira questionado na Chamusca, no distrito de Santarém, pelos jornalistas que acompanharam a sua visita ao Eco Parque do Relvão, instalado na freguesia de Carregueira, sobre a notícia de que a comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas votou hoje desfavoravelmente a nomeação do deputado socialista Carlos Pereira para a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

Elaborada pelo deputado comunista Bruno Dias, a proposta de parecer desfavorável à nomeação de Carlos Pereira para vogal do Conselho de Administração da ERSE, substituindo no cargo Alexandre Santos, cujo mandato terminou em maio, recebeu os votos a favor de todos os partidos, à exceção do PS.

"Independentemente de as pessoas terem a sua validade profissional, têm de ter, naturalmente, conhecimento técnicos, o que não era o caso", disse Rui Rio, para quem a nomeação do deputado Carlos Pereira assentava num "perfil muito político e muito partidário".

Nesse sentido, o presidente do PSD disse que "a AR fez muito bem em chumbar esta nomeação".

Para o dirigente político, tal "não reduz o mérito da pessoa enquanto profissional do que quer que seja", mas, frisou, "não tem é a valência para regulador da energia, como eu também não teria".

Rui Rio concluiria o seu raciocínio defendendo que os órgãos de regulação "têm todos de ser completamente independentes e de formação técnica inquestionável".

Questionado sobre o novo livro de memórias políticas do antigo Presidente da República, Cavaco Silva, que será hoje apresentado publicamente, Rui Rio respondeu apenas: "ainda não tive oportunidade de ler", para justificar a falta de comentário ao mesmo.

O líder do PSD disse, no entanto, ter sido "convidado" para o lançamento do livro mas que era "manifestamente impossível" estar presente, tendo justificado com a sua presença esta noite em Santarém em reunião da Comissão Política Nacional.

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