Trump: "Temos de nos unir", "não será admitida violência política"

Presidente norte-americano reagiu aos engenhos explosivos enviados ao seu antecessor e à sua rival na candidatura à Casa Branca, condenando a "violência política".

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Trump garante que está a ser preparada uma investigação federal Reuters/LEAH MILLIS

O Presidente norte-americano comentou os pacotes suspeitos com explosivos que foram enviados pelo correio para ex-Presidente Barack Obama e para a antiga secretária de Estado e candidata à presidência, Hillary Clinton. Trump garantiu que estava a ser preparada uma "enorme investigação" aos ataques e vincou que, para si, “ a segurança dos americanos é a maior e a principal prioridade”.

“Acabei de me reunir com o FBI, com o Departamento da Segurança Nacional e com os serviços secretos norte-americanos.  Enquanto falamos, os pacotes estão a ser analisados por especialistas e há uma investigação federal a ser preparada”, garantiu o líder norte-americano.

“Não vamos poupar quaisquer recursos para esta investigação exaustiva”, acrescentou. “Queremos que os responsáveis por estes actos sejam levados à justiça.”

“Nestas alturas, temos de nos unir. Temos de passar uma mensagem clara e forte de que não serão admitidos actos ou ameaças de violência política de qualquer tipo nos Estados Unidos da América”, disse o Presidente Trump.

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A polícia na casa de Hillary Clinton, um dos alvos das encomendas com explosivos PETER FOLEY/EPA

“Somos um Estado muito bipartidário. Mas posso garantir que ambos concordamos nisto. A minha administração irá continuar a acompanhar o caso e a fornecer actualizações”, afirmou.

“Estamos extremamente zangados e infelizes com o que se passou nesta manhã. E vamos resolver este assunto”, concluiu o Presidente, antes de começar a falar sobre a crise de opiáceos que afecta os norte-americanos.

No Twitter, o Presidente norte-americano já se tinha expressado, partilhando a declaração feita na mesma rede pelo seu vice-presidente, Mike Pence. "Concordo do fundo do meu coração", escreveu Trump.

Os engenhos suspeitos começaram a ser recebidos na segunda-feira, quando um pacote endereçado à casa do bilionário de origem húngara George Soros em Bedford, no estado de Nova Iorque, foi detectado por um funcionário e mais tarde detonado pela polícia, que confirmou tratar-se de uma bomba de fabrico artesenal. Soros é conhecido por ser um dos principais financiadores do Partido Democrata.

Esta quarta-feira foi noticiado que dois engenhos semelhantes, também de fabrico artesanal, foram enviados a Clinton e Obama. O explosivo endereçado à ex-secretária de Estado foi descoberto na terça-feira à noite. Já o do ex-Presidente norte-americano foi encontrado esta quarta-feira.

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Para além de Clinton e Obama, foi ainda interceptado um pacote endereçado ao antigo director da CIA, John O. Brennan e houve uma ameaça de bomba no edifício da Time Warner, em Nova Iorque, onde funcionam três estúdios da CNN.

A Reuters fala ainda em pacotes suspeitos próximos do escritório da senadora democrata da Califórnia, Kamala Harris e da congressista da Flórida, Debbie Wasserman Schultz e do antigo procurador-geral Eric Holder. Os dois edifícios foram evacuados.

Membros da polícia norte-americana no exterior do edifício da Time Warner em Manhattan onde houve um alerta de bomba Reuters/KEVIN COOMBS
A polícia foi chamada depois de ter sido encontrado um "pacote suspeito" LUSA/JUSTIN LANE
A ameaça ao edifício onde está sediado o canal televisivo foi respondida por uma equipa do departamento antiexplosivos das autoridades nova-iorquinas Reuters/KEVIN COOMBS
O senador republicano do Arizone, Jeff Flake, na zona do edifício da Time Warner LUSA/JUSTIN LANE
O camião que transporta o explosivo afasta-se do edifício da CNN, em Nova Iorque LUSA/JUSTIN LANE
Os portões da casa de Bill e Hillary Clinton, onde foi encontrado um dos explosivos Reuters/CARLO ALLEGRI
A antiga secretária de Estado norte-americana e rival de Donald Trump na corrida à Casa Branca falou sobre o ataque num comício esta quarta-feira LUSA/CRISTOBAL HERRERA
A congressista Debbie Wasserman Schultz, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, um dos financiadores do Partido Democrata George Soros e o antigo Presidente norte-americano Barack Obama foram alguns dos alvos da tentativa de ataque Reuters/STAFF
Num comício, Clinton disse que "estava bem", mas "como americana" encontrava-se assustada, apelando à união do país LUSA/CRISTOBAL HERRERA
A polícia local à porta de casa dos Clinton, onde um engenho foi encontrado na terça-feira LUSA/PETER FOLEY
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Membros da polícia norte-americana no exterior do edifício da Time Warner em Manhattan onde houve um alerta de bomba Reuters/KEVIN COOMBS
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