Banco de Portugal deu razão a 42% das reclamações contra bancos

Nos primeiros seis meses, supervisor recebeu 7545 reclamações de clientes bancários.

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Banco de Portugal, liderado por Carlos Costa, divulga relatório de superviosão aos bancos. Enric Vives-Rubio

O Banco de Portugal (BdP) recebeu, no primeiro semestre deste ano, 7545 reclamações de clientes, o que corresponde a 1258 reclamações por cada mês, menos 1,3% do que a média mensal de 2017, anunciou esta quarta-feira a entidade de supervisão do sector bancário.

“Em 58% das reclamações analisadas não foram encontrados indícios de infracção. Nos casos em que foram detectados indícios de infracção, a situação foi solucionada pela instituição, por sua iniciativa ou por intervenção do Banco de Portugal”, refere o BdP, em comunicado sobrte o Retatório de Supervisão Comportamental do primeiro semestre.

As contas de depósito continuaram a ser a matéria mais reclamada (32,2% das reclamações), seguidas pelo crédito aos consumidores (24,9%) e pelo crédito hipotecário (13,4%). Nas contas de depósito, o número médio de reclamações recebidas, por mês diminuiu 4,1%, face à média mensal de 2017. Em sentido contrário, as reclamações no crédito aos consumidores e no crédito hipotecário, segmentos que têm registado um forte crescimento, vidifica-se um aumento de reclamações de 9,1% e 5,6%, respectivamente.

No período em análise, o BdP instaurou 33 processos de contra-ordenação contra 17 instituições por incumprimento de normas aplicáveis à comercialização de produtos e serviços bancários de retalho.

De acordo com a mesma fonte, foram emitidas 341 determinações específicas e recomendações, dirigidas a 57 instituições, exigindo a correcção das irregularidades detectadas ou a adopção de boas práticas. Estas determinações específicas e recomendações incidiram, sobretudo, sobre matérias de crédito aos consumidores (136) e de depósitos bancários (110), em resultado de acções de inspecção e das prioridades definidas para as mesmas no primeiro semestre de 2018.

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