A noite era de Ronaldo, mas quem decidiu foi Dybala

Avançado argentino marcou o único golo da Juventus em Old Trafford frente ao Manchester United.

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LUSA/PETER POWELL

Toda a narrativa estava construída em torno do regresso de Cristiano Ronaldo a Old Trafford, um palco que o teve como um dos seus até ao momento em que se mudou para o Real Madrid. Para segundo plano ficaria o reencontro com José Mourinho, seu treinador dos tempos de Madrid, e ainda mais secundarizado ficaria o reencontro de Paul Pogba com a Juventus. Mas quem decidiu no Teatro dos Sonhos não foi Ronaldo e muito menos Pogba. Foi Paulo Dybala, a marcar o único golo do triunfo da “Juve” sobre o United (0-1), lançando o campeão italiano para uma mais que provável qualificação no Grupo H da Liga dos Campeões.

Antes de alguém entrar em campo, algo que já começa a ser habitual nas noites europeias do United. O autocarro dos “red devils” ficou preso no trânsito de fim de tarde de Manchester e José Mourinho decidiu fazer as últimas centenas de metros a pé, no meio da multidão. Depois, a bola começou a rolar mais ou menos à hora marcada e desde cedo se viu uma Juventus a tentar resolver cedo o jogo. E foi com naturalidade que o campeão italiano chegou ao golo aos 17’. Ronaldo levou a bola pelo flanco direito, fez o cruzamento na direcção de Cuadrado, a bola foi ter com Dybala e o argentino fez o golo, o seu quarto nesta Champions, depois dos três que marcou ao Young Boys.

Não se tendo ainda estreado a marcar com a camisola da Juventus numa competição da qual é o melhor marcador de sempre, Ronaldo andou sempre à procura do golo e teve algumas oportunidades para marcar, uma delas num livre directo na primeira parte, outra na segunda parte num remate frontal já dentro da grande área, mas em ambas as ocasiões David de Gea lhe negou esse gosto.

Melhor na segunda parte, o United também cheirou o empate, sobretudo através de um remate de Pogba que bateu no guarda-redes Szczesny e no poste antes de ir para fora. Mas o marcador já não mudou e esta vitória pela margem mínima deixou a Juventus com nove pontos (é, até agora, a única equipa só com vitórias na Champions) e segura no comando do agrupamento, relegando o United (quatro pontos) para a discussão do segundo lugar.

No Santiago Bernabéu, e depois de quatro derrotas e um empate nos últimos cinco jogos, o Real Madrid lá voltou às vitórias, triunfando sobre o Viktoria Plzen por 2-1. Os três pontos foram mesmo o melhor que os “blancos” tiraram deste jogo, em mais uma exibição desinspirada que não augura nada de bom para o “clássico” com o Barcelona do próximo fim-de-semana, não se livrando de ouvir os assobios dos próprios adeptos. Benzema marcou aos 11’, Marcelo fez o 2-0 aos 56’, mas a formação checa ainda conseguiu enervar o Real e os seus adeptos, com um golo de Hrosovsky, aos 79’.

Foi no Grupo F que os golos apareceram com fartura. Enquanto o Manchester City se passeava na Ucrânia com um triunfo por 3-0 sobre o Shakthar Donetsk, de Paulo Fonseca, e com um golo de Bernardo Silva, houve emoção e incerteza do primeiro ao último minuto no Hoffenheim-Lyon, em que as duas equipas estiveram em vantagem antes de acabar tudo num empate (3-3). Entraram a ganhar os franceses (Traoré, 27’), deram a volta os alemães (Kramaric, 33’ e 47’), o Lyon voltou ao comando (Alvaro 59’ e Depay 67’) e Joelinton deixou tudo empatado na compensação.

Resultados

Grupo E
AEK Atenas-Bayern Munique, 0-2
Ajax-Benfica, 1-0

Grupo F
Hoffenheim-Lyon, 3-3
Shakhtar Donetsk-Manchester City, 0-3

Grupo G
Real Madrid-Viktoria Plzen, 2-1
Roma-CSKA Moscovo, 3-0

Grupo H
Young Boys-Valência, 1-1
Manchester United-Juventus, 0-1

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