Universidade de Milão inaugura cátedra António Lobo Antunes com a presença do escritor

Pouco depois de publicar o romance A Última Porta antes da Noite, o escritor português encontra-se em Itália e recebeu o Prémio Bottari Lattes Grinzane.

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António Lobo Antunes tem 76 anos Miguel Manso

A cátedra António Lobo Antunes, que visa "promover e potenciar o ensino e a difusão da língua e cultura portuguesas", é inaugurada esta segunda-feira na Universidade de Milão, com a participação do escritor. António Lobo Antunes, de 76 anos, encontra-se em Itália, onde recebeu no passado sábado o Prémio Bottari Lattes Grinzane, no castelo Grinzane Cavour, na região de Piemonte.

"Sob a direção de Vincenzo Russo, professor de Língua e Literaturas Portuguesa e Brasileira, esta Cátedra tem como finalidade e propósito, promover e potenciar o ensino e a difusão da língua e cultura portuguesa", afirma em comunicado o Camões — Instituto da Cooperação e da Língua.

A cerimónia de inauguração da cátedra realiza-se esta segunda-feira às 16h locais (15h em Portugal) na Sala Crociera Alta di Giurisprudenza, em Milão, durante a qual é assinado o protocolo entre o Instituto Camões, representado pelo embaixador de Portugal em Roma, Francisco Ribeiro Telles, e o reitor da Università degli Studi di Milano, Elio Franzini.

A inauguração da cátedra "será celebrada com uma lectio magistralis proferida pelo escritor mais importante da contemporaneidade portuguesa: António Lobo Antunes, autor desde 1979 de uma rica e vastíssima obra que conta com mais de 30 romances e cinco volumes de crónicas, traduzida, lida e admirada em todo o mundo", segundo a mesma.

António Lobo Antunes publicou recentemente um novo romance, A Última Porta antes da Noite, que dedica ao seu amigo George Steiner, crítico literário e professor nas universidades de Cambridge e Genebra, que lhe falou nesta frase, da personagem Judite, da ópera "O castelo do Barba Azul", de Béla Bartók.

No final da ópera, a personagem "pede que lhe abram 'a última porta antes da noite'", explicou Lobo Antunes, numa entrevista à agência Lusa. "Uma frase que não foi criada para este livro, já existe há muito tempo, e foi uma frase que sempre me tocou, e em certo sentido é uma homenagem a um amigo [George Steiner]", de quem gosta, que respeita e admira. 

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