Tempestade em Espanha abranda. Alertas vermelhos desactivados

As províncias de Castellón, Teruel e Tarragona – regiões ao largo da costa mediterrânica espanhola – estão agora em alerta laranja.

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Em Valência KAI FOERSTERLING/epa
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Redes sociais/Reuters

A agência meteorológica espanhola (Aemet) reviu, nesta sexta-feira, os alertas lançados para Castellón, Teruel e Tarragona, as regiões mais afectadas pelas chuvas intensas e persistentes. Ao longo da manhã desta sexta-feira, as três regiões estiveram em alerta vermelho, mas, no início da tarde, passaram a aviso laranja. 

Na quinta-feira várias escolas foram fechadas, ligações ferroviárias interrompidas e voos (com destino a Alicante) desviados, como resultado das chuvas intensas e inundações. Nas zonas mais afectadas, registaram-se elevados danos materiais e, em Burriana (Castellón), 30 pessoas tiveram de ser realojadas devido a inundações, escreve o El Confidencial.

Na quinta-feira, as previsões da Aemet apontavam para que as “acumulações na província de Castellón e nos arredores" pudessem "superar os 200mm em 12 horas e até os 300mm em períodos superiores”. De acordo com os dados disponibilizados pelo serviço meteorológicos no Twitter, acumularam-se 200 litros de chuva por metro quadrado nas últimas 24 horas em Alcalá de Xivert, Castellón.

As precipitações irão diminuir “ao longo desta sexta-feira”, avança o mesmo comunicado. Ainda assim, espera-se que chuva forte e intensa atinja a zona Sul da Catalunha, Aragão, Baleares e Castellón, levando a agência meteorológica nacional a pedir que as pessoas não saiam de casa, a menos que seja absolutamente necessário.

No sábado, “a tempestade irá movimentar-se para sudoeste, situando a maior probabilidade de precipitações fortes e persistentes na comunidade valenciana e com maior intensidade na região de Múrcia e na área mediterrânica andaluza, onde poderão ser muito fortes”.

Duas tempestades

O fenómeno que está a afectar o país trata-se da conjugação de duas tempestades, uma delas vinda do Mediterrâneo e outra do Atlântico, que causam uma instabilidade muito grande e traduzem-se em “ventos muito húmidos” e “chuvas fortes, persistentes e intensas”.

Para encontrar uma tempestade tão forte é necessário recuar a 2008, de acordo com um dos porta-vozes das Aemet, Rúben del Campo, que falou ao El País. O fenómeno de gota fria é normal no Outono, mas nos últimos anos, mais secos, não se tem verificado. “O que está a acontecer é normal, o estranho são os outonos anormalmente secos da última década”, afirmou Rúben del Campo.

Este aviso chega dias depois de uma tromba de água ter matado 13 pessoas nas ilhas Baleares e de a tempestade Leslie — que atingiu Portugal no último fim-de-semana — ter afectado também o Norte da Península. 

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