Brisa lança aplicação de planeamento de percursos urbanos em Lisboa e Porto

A Via Verde Planner é a sexta aplicação da empresa que pretende alargar este novo serviço a todo o território nacional, incluindo o maior número de operadores.

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pcm patricia martins

Não é a primeira nem a única aplicação de planeamento de percursos a funcionar em território nacional. Mas, a Via Verde Planner, é, de acordo com a Brisa, que lançou este novo serviço nesta quinta-feira de manhã, no Porto, “a app mais completa” e com melhor desempenho para o utilizador disponível em Portugal. 

Por agora só está disponível em Lisboa e no Porto. Na capital já funciona como projecto-piloto desde Maio deste ano. É objectivo da empresa expandir “gradualmente” a todo o território nacional.

Desde que foi disponibilizada à experiência, no início do ano, já conta com 10 mil downloads, sem qualquer divulgação além da disponível nos sites da empresa. Só a partir de agora é que será feita publicidade do novo serviço.

Durante a apresentação, o responsável por esta nova aplicação, Duarte Ricciardi, resume numa frase o propósito da mesma: “O Via Verde Planner é a plataforma digital que integra todos os serviços de mobilidade e liga todos os operadores, permitindo ao cliente a escolha do mix certo para cada deslocação”. 

Isto quer dizer que o utilizador ao aceder ao serviço, especificando um ponto de partida e um destino, dispõe de várias respostas com vários percursos. Esses resultados estão elencados obedecendo às necessidades do utilizador. É possível saber qual é o trajecto mais rápido, o mais barato e quais os meios de transportes disponíveis para percorrer a distância entre os dois pontos.

O director coordenador da Brisa e administrador da Via Verde Serviços, Luís D’Eça Pinheiro, afirma que a vantagem desta aplicação em relação a outras já existentes é reunir o maior número de operadores – o que possibilita que o número de alternativas de empresas de transporte público colectivo ou individuais disponíveis suba consideravelmente em comparação com a concorrência.

Desta lista de parceiros fazem parte a Carris, CP, Rodoviária de Lisboa, Transtejo, Metro, Fertagus, Soflusa, TST, DriveNow e Cabify, em Lisboa, aos quais se juntam no Porto a STCP, Metro, Rede Nacional Expresso, Rodonorte, Auto Viação Pacense, My Taxi, Táxis Invicta e Raditaxis.

Questionado sobre a ausência da Uber no rol de parceiros, explica que a empresa exigia exclusividade na área de negócio em que se move. “Não é do nosso interesse fazer este tipo de acordos”, explica. Futuramente, afirma, serão adicionados ao serviço mais operadores.

Testamos a aplicação e detectamos que, apesar de funcional, ainda existem algumas arestas a limar. Seleccionando como ponto de partida a Avenida dos Aliados e como destino a Rotunda da Boavista, ainda que existam estações de metro próximos destes dois pontos, não é referido nos resultados, que direccionam apenas para a possibilidade de percurso feito por autocarro, Cabify ou táxi. Diz o director da Brisa que existe um trabalho contínuo no melhoramento do serviço.

Esta é a sexta aplicação desenvolvida pela Via Verde que já dispõe de outros serviços digitais, alguns ainda em fase de teste, como são exemplo a aplicação Via Verde, o DriveNow, o VV Estacionar, o VV Boleias e o VV Transportes. Este último tem como função o pagamento de transportes públicos a partir do smartphone, que neste momento só funciona com o serviço da Fertagus, que liga Lisboa a Setúbal, mas futuramente é intenção da empresa alargar a outros operadores.

Quando esse objectivo for alcançado, será possível adquirir os bilhetes de transporte a partir do Via Verde Planner. “A ideia é criar uma rede integrada entre as próprias aplicações”, conclui.<_o3a_p>

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