Já passaram 88 pessoas pelo Governo de Costa

Executivo começou com 16 ministros, além de António Costa, e 40 secretários de Estado.

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Três governantes que ainda não mudaram de posto desde Novembro de 2015 Rui Gaudêncio

O executivo de António Costa, que cumpre esta quarta-feira 1422 dias (o equivalente a 203 semanas) já teve 24 ministros e 64 secretários de Estado. Mas em Novembro de 2015, quando o Governo foi empossado, havia apenas 56 cadeiras para preencher, além da do primeiro-ministro: 16 eram para ministros e 40 para os seus “ajudantes”.

Das 88 pessoas que no total já passaram pelo XXI Governo Constitucional, apenas 22 nunca mudaram nem de cargo nem de ministério, mantendo-se no mesmo posto desde o primeiro dia. Entre as caras “velhas” estão ministros com experiência governativa anterior, como Vieira da Silva, Pedro Marques ou Augusto Santos Silva, mas também outros que nunca antes tinham exercido funções num executivo, como Francisca van Dunem ou Tiago Brandão Rodrigues.

Do mesmo modo, entre os que se demitiram ao longo destes três anos, há políticos com muita experiência, como João Soares (que deixou o Ministério da Cultura pouco mais de cinco meses após a posse) e outros que estavam a liderar um ministério pela primeira vez, como Manuel Caldeira Cabral (Economia).

A história repete-se ao nível dos secretários de Estado. Mariana Vieira da Silva nunca tinha sido governante e tem-se mantido sempre no cargo de Adjunta do primeiro-ministro. E José Apolinário, que já antes havia passado pela secretaria de Estado das Pescas, também está no cargo desde Novembro de 2015.

O ministério que mais mudanças tem sofrido ao nível da sua liderança é o da Cultura: Graça Fonseca é a terceira ministra nomeada em três anos, depois das demissões de João Soares e de Luís Castro Mendes.

Nas secretarias de Estado, o caso muda de figura: a saída de Caldeira Cabral motivou tantas alterações na orgânica do ministério da Economia que todas as secretarias de Estado mudaram de líder, de nomenclatura ou até de tutela (caso da Energia). Só no Turismo ficou exactamente na mesma.

Só nesta remodelação, houve mudanças em 15 secretarias de Estado e em cinco ministérios (dois foram fundidos), o que representa 12 estreias ou caras novas. Nenhuma destas contas implica as alterações nos gabinetes, outra decorrência natural das remodelações.

Entre os governantes que ficaram sem emprego com esta remodelação, há dois que retomam o seu mandato de deputados: Manuel Caldeira Cabral e Marcos Perestrello. Sobe assim para oito o número de antigos membros do Governo que já regressaram à Assembleia da República. João Soares, Constança Urbano de Sousa, Jorge Gomes, Catarina Marcelino, Fernando Rocha Andrade e Margarida Marques são os outros seis.

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