Moradores das torres da Pasteleira protestam por falta de obras

Para sábado foi marcada uma reunião de protesto, que deverá acontecer no pavilhão da associação de moradores

Fotogaleria
Os moradores pedem a intervenção da Câmara do Porto no espaço público André Rodrigues
Fotogaleria
A construção de acessos aos edifícios é uma das exigências André Rodrigues
Fotogaleria
Os moradores queixam-se de passeios que ainda são em terra André Rodrigues
Fotogaleria
A repavimentação das vias é outra das exigências André Rodrigues
Fotogaleria
As obras são reivindicadas há vários anos André Rodrigues

Os moradores do bairro privado da Pasteleira conhecido como Torres Vermelhas marcaram uma reunião de protesto contra a Câmara do Porto pelo que consideram ser obras “inacabadas” realizadas na área envolvente dos edifícios. A autarquia recusa que nada esteja a ser feito e refere que está em curso uma “intervenção global” para a zona.

Em comunicado enviado às redacções, a comissão que, em Junho, promoveu um abaixo-assinado exigindo a realização das obras há muito prometidas, esclarece que os moradores estão cansados de esperar. “Em 2014 foi aprovada na câmara uma recomendação da CDU para se fazerem as obras. Disseram que seriam feitas em 2016, depois seria em Julho de 2018, mas só fizeram uns trabalhos incompletos”, diz ao PÚBLICO Adelino Marques da comissão que recolheu 385 assinaturas que quem exigia a realização de obras.

Os moradores querem que a autarquia proceda ao “abate e substituição de algumas espécies de árvores a poda de outras”, pode ler-se no comunicado. Além disso, aguardam também pela “requalificação dos passeios pedonais (alguns ainda em terra batida), com introdução rampas de acessos para deficientes e ou pessoas com problemas de mobilidade, a repavimentação das ruas interiores, e a colocação de passadeiras para peões e sinalização mais adaptada sobre circuito automóvel”.

Até agora, apesar da expectativa de ver cumpridas todas estas intervenções, a única coisa que foi feita, segundo os moradores, foi a repavimentação das ruas Fernão Lopes, André de Resende e, parcialmente, da Rui de Pina. “Depois disto, o único e-mail que recebi da câmara dizia que não estava prevista qualquer outra intervenção nos próximos tempos”, diz Adelino Marques.

À Lusa, o gabinete de comunicação da Câmara do Porto garante que está já calendarizada “para o final deste mês uma intervenção sistemática de poda” e que outras intervenções deverão avançar em breve, nomeadamente para as zonas pedonais, a fim de “garantir a segurança de circulação”.

Uma” intervenção mais profunda” está, contudo, ainda a ser estudada, porque deverá ser enquadrada com a abertura do Museu da História da Cidade, que está a nascer no Parque da Pasteleira. O início da actividade desse novo equipamento “obrigará à revisão do plano de circulação e estacionamento local”, explica a mesma fonte à agência de notícias, garantindo que “a abordagem da câmara quanto à zona das Torres Vermelhas da Pasteleira é, pois, de uma intervenção global”.

A reunião de protesto e esclarecimento dos moradores está marcada para sábado, às 15h, no pavilhão da associação de moradores.

Sugerir correcção
Comentar