Novos Huawei servem de carregador para outros aparelhos

Marca trouxe uma novidade para apelar aos consumidores que têm um dia-a-dia recheado de equipamentos electrónicos.

O evento de lançamento dos novos Huawei, em Londres
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O evento de lançamento dos novos Huawei, em Londres Reuters/HANNAH MCKAY
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a disposição das câmaras inspirou-se em faróis de automóveis Huawei

Os novos smartphones topo de gama da Huawei – o Mate 20 X, o Mate 20 Pro , o Mate 20 – foram apresentados esta terça-feira, em Londres. O Mate 20 Pro, o único que vai estar disponível em Portugal ainda este mês, funciona como carregador sem fios, capaz de carregar a bateria de aparelhos como auriculares ou outros telemóveis.

Num mercado já maduro, onde praticamente toda a gente tem um smartphone, e quando as vendas estão a encolher, as marcas têm-se esforçado por criar novas funcionalidades que apelem aos consumidores e diferenciam os seus produtos dos muitos outros que estão nas prateleiras das lojas. Com esta novidade, a fabricante chinesa procura aliciar os utilizadores que vivem hoje rodeados de equipamentos electrónicos. “Esquecer o carregador já não tem de ser um problema”, afirmou o director executivo para a área de consumo, Richard Yu.

Com a função de carregamento de dois lados activada, o telemóvel pode carregar outros aparelhos, ou ser carregado por eles. Basta que funcionem com o padrão Qi (permite transferir energia através de carregamentos sem fios em distâncias de até cerca de quatro centimetros). Todos os telemóveis Mate 20 têm esta capacidade.

Como já é habitual com a fabricante chinesa, porém, o foco foi para as várias câmaras. Além da frontal – para as selfies –, os novos Mate trazem outras três câmaras dispostas em forma de um “L” espelhado na parte traseira, um formato que foi inspirado nos faróis da frente dos caros de luxo.

Além da câmara principal, com 40 megapixeis, o modelo Mate 20 Pro (6,39 polegadas) tem uma lente ultra grande-angular com 20 megapixeis, e uma teleobjectiva com oito megapixeis. A câmara frontal tem 24 megapixeis e pode ser usada como um identificador biométrico para autorizar pagamentos ou desbloquear aplicações no telemóvel. Foram todas desenvolvidas pela alemã Leica, com quem a Huawei tem uma parceria há dois anos.

O Mate 20 X tem um ecrã de 7,2 polegadas, uma bateria de 5000 mAH e uma caneta para escrever no ecrã. Já o Mate 20 (um modelo de 6,53 polegadas e que é menos avançado que os outros dois) tem o mesmo número de câmaras, mas com 18, 12 e 8 megapixeis respectivamente. Todos os aparelhos vêm com o Android 9.0.

As câmaras podem ser usadas para fazer scans de pequenos objectos (por exemplo, peluches) e “dar-lhes vida” ao mapear o seu “esqueleto”. Isto permite tirar fotografias e filmagens em realidade aumentada, em que o objecto animado é capaz de movimentos básicos como saltar, correr, ou acenar.

A tecnologia também permite identificar alguns alimentos (por exemplo, peças de fruta) e informar o utilizador do número de calorias que têm.

Treinador pessoal ao pulso

A marca também aproveitou para lançar um relógio inteligente, o Huawei Watch GT, e uma pulseira inteligente, a Band 3 Pro.

Vêm com um treinador pessoal integrado, para motivar as pessoas a fazer mais exercício físico, e um monitor de sono com um sensor de infravermelhos, para ajudar os utilizadores a perceber os seus padrões de sono e a forma como se mexem durante a noite.

Os relógios trazem ainda um monitor de batimentos cardíaco, que é capaz de alertar os utilizadores quando têm o ritmo muito acelerado. Alguns cardiologistas preocupam-se que este tipo de funcionalidades aumentem os níveis de ansiedade de alguns utilizadores, que podem ter dificuldades em interpretar os resultados.

A bateria do relógio, que custará 299 euros, deve durar pelo menos 14 dias entre carregamentos. A pulseira vai rondar os 99 euros.

Em segundo lugar

Em Agosto, dados divulgados pela consultora IDC indicaram que a Huawei estava a vender ligeiramente mais telemóveis do que Apple, conquistando o segundo lugar no pódio das maiores fabricantes, atrás da Samsung.

As rivais foram abordadas várias vezes na apresentação do novo modelo. “A bateria é 30% superior que o iPhone X e que o Galaxy Note 9”, disse Richard Yu. “O nosso telemóvel consegue abrir aplicações um segundo mais depressa que o iPhone X”, acrescentou noutra.

Entre Abril e Junho, a Huawei enviou para o retalho 54,2 milhões de aparelhos. O valor representa 16% do mercado global e significa um crescimento de 41% em relação aos mesmos meses do ano passado.

Apesar do crescimento da Huawei e do número de telemóveis topo de gama lançados anualmente por várias marcas, o mercado de smartphones continua a encolher a nível global.

“A combinação da saturação do mercado, o aumento de penetração de telemóveis, e o crescimento do preço médio de venda continuam a amortecer o crescimento do mercado”, disse o responsável de investigação da secção móvel da IDC, Anthony Scarsella, na última análise da consultora sobre o mercado de smartphones.

O Mate 20 custa entre 799 euros (para o modelo de 4GB do Mate 20) e 1049 euros para o Mate 20 Pro.

Artigo corrigido: o preço do Huawei Watch GT é de 299 euros, e não 249 euros, como estava escrito. O preço do Mate 20 pro é de 1049 euros, e não 1029 euros. Foi acrescentada informação sobre a capacidade de carregamento sem fios dos aparelhos.

O Público viajou a convite da Huawei

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