Bancada do PSD reúne-se na quinta-feira para discutir OE 2019

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Bancada do PSD vai debater OE 2019 MIGUEL A. LOPES

O grupo parlamentar do PSD reúne-se na quinta-feira para discutir a proposta de Orçamento do Estado para 2019, entregue na segunda-feira à noite na Assembleia da República.

Habitualmente, a bancada do PSD reúne-se apenas de quinze em quinze dias mas, na reunião da semana passada, o líder parlamentar, Fernando Negrão, já tinha avançado a hipótese de uma reunião extra para discutir a proposta orçamental.

Na convocatória enviada aos deputados nesta terça-feira, o Orçamento do Estado para 2019 é o primeiro ponto da ordem de trabalhos, que prevê também espaço de discussão para "outros assuntos", numa reunião com início marcado para as 11h.

Na semana passada, a reunião da bancada acabou por ficar marcada por acusações iniciadas pela ex-vice-presidente do PSD Teresa Morais - secundadas por outros deputados como Paula Teixeira da Cruz ou Hugo Soares - de "silenciamento" de alguns parlamentares, que, mais tarde, seriam negadas por Negrão, que assegurou que "não houve nem haverá qualquer saneamento" no partido.

Na primeira reacção, o PSD classificou o orçamento como "uma oportunidade perdida" e considerou que o documento só é "histórico", como definiu o ministro das Finanças, por fazer lembrar o "eleitoralismo nefasto" dos orçamentos de 1999 e 2009.

O vice-presidente da bancada do PSD António Leitão Amaro considerou o orçamento "historicamente infeliz" por não trazer "nenhuma consolidação orçamental", por atingir "o máximo de sempre" da carga fiscal e por manter Portugal na causa do crescimento ao nível da União Europeia.

Questionado se essa leitura é suficiente para o PSD definir o seu sentido de voto, Leitão Amaro remeteu esse anúncio para um momento posterior.

"A decisão sobre o sentido de voto implica a deliberação de um órgão próprio do partido e uma comunicação que, a seu tempo, será decidida e dirigida pelo presidente do partido, Rui Rio", afirmou.

O presidente do PSD, Rui Rio, ainda não se pronunciou depois de o documento ter sido entregue - participa hoje e quarta-feira na Cimeira do Partido Popular Europeu, em Bruxelas - mas tem dito temer que a proposta tenha um "perfil eleitoralista", a avaliar pelas medidas anunciadas nas últimas semanas.

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