Vereador garante que obras na Escola Ducla Soares ficam prontas em ano e meio

Será lançado novo concurso público para as obras, dois anos depois de ter encerrado para reabilitação. Governo descarta responsabilidades.

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SEBASTIAO ALMEIDA

A Escola Básica Luísa Ducla Soares, em Lisboa, que fechou há dois anos para ter obras e continua fechada sem que um único prego tenha sido mudado, vai estar pronta dentro de ano e meio, garantiu o vereador da Educação. “A obra de reabilitação e ampliação foi consignada a 6 de Julho de 2018, estando prevista a sua conclusão em Dezembro de 2019”, afirmou Manuel Grilo na assembleia municipal. Um assessor do pelouro disse pouco depois ao PÚBLICO que a previsão dos serviços de Urbanismo é que as obras demorem um pouco mais, terminando em Fevereiro de 2020.

O visto favorável à obra foi emitido em Junho pelo Tribunal de Contas, mas, segundo o então vereador Ricardo Robles, o empreiteiro recusava-se a aceitar a consignação, uma vez que os preços apresentados ao concurso público de há dois anos estavam já desactualizados. Será necessário, por isso, abrir novo concurso público. Apesar de estes processos serem habitualmente demorados, Manuel Grilo mostrou-se confiante quanto à conclusão dos trabalhos num futuro próximo.

O vereador foi questionado por deputados municipais do Livre sobre a situação da Ducla e também da Escola das Gaivotas, que funciona na Rua das Chagas e para onde parte dos alunos da Ducla foi enviado. No entanto, esta escola tem, entre outros, graves problemas de segurança. A este propósito, Manuel Grilo lembrou que “em Julho deste ano foi aprovada uma moção na câmara que instava o Governo a autorizar a instalação provisória da Ducla no recinto da Academia Militar ou no Hospital Miguel Bombarda, assumindo a câmara os custos da instalação provisória necessária.” Só que, disse o eleito do Bloco de Esquerda, “até ao momento não foi dada qualquer resposta por parte do Governo”.

Ao PÚBLICO, fonte oficial do Ministério da Educação disse recentemente que “esta questão é com a câmara”, aparentemente descartando responsabilidades do executivo nesta matéria.

“Estamos a tentar encontrar uma solução para a escola das Gaivotas em conjunto com a Junta da Misericórdia”, assegurou Manuel Grilo. Uma vez que a câmara não tem nenhum edifício suficientemente grande para acolher a escola na zona do Chiado, em Julho foi igualmente aprovada uma moção que pedia ajuda ao Estado. Também essa ficou sem resposta governamental. “Há pouco tempo o sr. presidente Fernando Medina dizia-me ‘Nem que se alugue! Nem que se alugue!’”, relatou o vereador.

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