Condutor que circulou em contramão na Segunda Circular em Lisboa proibido de conduzir

A polícia disse na segunda-feira que o condutor não tinha indícios de álcool no sangue e não sabe ainda as motivações do incidente — mas presume que não se trate de terrorismo.

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O camião envolvido no acidente LUSA/TIAGO PETINGA

O condutor do camião que circulou na segunda-feira cerca de três quilómetros em contramão na Segunda Circular, em Lisboa, causando vários acidentes e dois feridos graves, ficou esta terça-feira sujeito à medida de coacção de proibição de condução.

A informação foi avançada à agência Lusa por fonte policial, acrescentando que o arguido ficou ainda com Termo de Identidade e Residência, depois de presente, durante a tarde desta terça-feira, a um juiz de instrução criminal do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa para aplicação de medidas de coacção.

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O arguido teve de entregar a carta de condução ao tribunal e ficou indicado apenas pelo crime de condução perigosa, disse à Lusa fonte judicial.

O homem foi detido na segunda-feira pela PSP, pelas 7h20, depois de o camião que conduzia ter entrado em contramão Segunda Circular, na zona da Alta de Lisboa, no sentido Norte-Sul (Aeroporto-Benfica), provocando vários acidentes, dois feridos graves e danos em oito viaturas, além do próprio veículo pesado que também ficou danificado.

Numa conferência de imprensa realizada na segunda-feira, o porta-voz da Direcção Nacional (DN) da PSP disse desconhecer as "motivações" que levaram este condutor a circular em contramão na via mais movimentada da cidade.

"Desconhecem-se as motivações e causas concretas do arguido para a prática dos referidos factos, tendo a sua detenção sido comunicada à autoridade judiciária competente. Da análise preliminar aos indícios recolhidos, não se conclui, até ao momento, que o detido tenha praticado estes actos com intenções de natureza extremista ou terrorista", frisou o intendente Alexandre Coimbra, aos jornalistas.

O detido foi sujeito aos "necessários testes de despistagem de álcool e droga, tendo ambos sido negativos", referiu ainda, na segunda-feira, o porta-voz da DN da PSP.

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