Marques Mendes anuncia que passes sociais baixam em todo a país a 1 de Abril

Comentador da SIC reconheceu que a demissão de Azeredo Lopes era inevitável.

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Ex-líder do PSD esteve recentemente na Escola de Quadros da JP LUSA/CARLOS BARROSO

Marques Mendes defendeu neste domingo à noite, na SIC, que a mais recente remodelação governamental é positiva, porque António Costa fica com um Governo "mais eficaz" para o ano eleitoral que aí vem. O ex-líder social-democrata aproveitou para dar uma notícia: haverá passes sociais mais baratos em todo o país a partir de 1 de Abril e custarão 53 milhões de euros.

"É dia das mentiras, mas é verdade. Está confirmado que os preços dos passes sociais baixam em todo a país a 1 de Abril", anunciou Mendes, classificando a medida como uma das mais eleitoralistas do Orçamento.

Sobre o tema do momento, Mendes disse que "é uma remodelação positiva por quatro razões: porque o primeiro-ministro surpreendeu; porque criou um facto político novo (Tancos e Orçamento do Estado ficaram para segundo plano); porque retoca o Governo em áreas que estavam frágeis; e porque fica com um Governo mais coeso (as pessoas que entram são todas da sua confiança), mais político e mais partidário, para o combate (os independentes saíram)".

Mendes classificou depois, uma a uma as escolhas de António Costa para o novo Governo. Sobre João Gomes Cravinho disse que é uma "óptima escolha", mas o seu grande desafio é "o que vai fazer com o Chefe de Estado Maior do Exército", cuja demissão o comentador defendeu. Em relação a Siza Vieira, reconheceu que é apenas "uma remodelação formal" porque "a verdadeira foi há um ano". "O verdadeiro ministro já era Siza Vieira. É uma boa escolha", disse ainda, assumindo que Caldeira Cabral, que está de saída, é "é uma jóia de pessoa". Graça Fonseca vai, para o ex-líder do PSD, "ajudar a pacificar o sector". E da Saúde, Mendes disse que "sai uma das pessoas mais sabedoras e competentes que tinha a imagem um pouco desgastada", sem fazer comentários concretos sobre Marta Temido, a nova ministra. Adalberto Campos Fernandes "sai porque paga a factura de ter afrontado Mário Centeno. É sabido que as relações entre os dois não eram boas. Mário Centeno não perdoa a quem lhe faz frente", acrescentou.

Para o comentador, esta remodelação "tem um autor moral", que é Azeredo Lopes, já que se ele não tivesse saído nada aconteceria, e um "autor material", esse sim o primeiro-ministro. "Foi um dos momentos mais positivos dos últimos tempos, depois de Tancos e do Infarmed", disse Mendes, reconhecendo que demonstrou "habilidade e política pura".

Sobre a situação concreta do ministro demissionário Azeredo Lopes, Marques Mendes disse que estava "entre a espada e a parede" desde que o seu antigo chefe de gabinete assumiu ter recebido um memorando sobre o desaparecimento das armas de Tancos. "Era inevitável".

Marques Mendes começou o seu comentário por recordar o apelo ao Governo que deixou na SIC, há um mês, para que baixasse a taxa de IVA aplicável às perucas que servem de prótese oncológica. O comentador saudou o executivo pela sensibilidade social demonstrada ao baixar esse imposto para 6%.

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