O rescaldo demorou uma semana; a recuperação demora mais de um ano

O fogo que há um ano destruiu parte significativa da Leal & Soares, na zona industrial de Mira, chegou lá na noite de Domingo e demoraria uma semana até que o rescaldo ficasse completamente concluído.

Paulo Pimenta
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A zona de produção foi a mais afectada, com maquinaria e pavilhões completamente destruídos. Os prejuízos foram de tal forma significativos que a empresa de produção de substratos e pellets foi a que recebeu o valor mais alto do programa REPOR (reposição da actividade económica). No total, foram 10,4 milhões de euros em apoios para que a empresa voltasse a levantar-se. Sem esse valor, explica o administrador Carlos Soares ao PÚBLICO durante uma visita, não seria possível a reconstrução. “Tem sido um ano de luta”, afirma, enquanto vai apontando para os vestígios negros do incêndio que ainda se fazem notar em vários pontos.

Nos cerca de 120 mil metros quadrados da área fabril trabalham 108 trabalhadores, número que se mantém desde antes de 15 de Outubro. Passada a primeira semana de rescaldo, a produção não parou. A empresa arrendou instalações nas imediações e ali continuou até ao final de 2017. Entretanto, os pavilhões da zona de produção foram quase todos demolidos para dar início ao processo de reconstrução. No ano da calamidade, a facturação da Leal & Soares, que tem outra unidade de produção na Galiza, registou uma quebra de 10% em relação a 2016. 

Com a intervenção, a área ganhou uma nova configuração, mas também estão a ter cuidados especiais. As paredes em bloco de cimento foram substituídas por painéis de betão, foi instalada uma rede de bocas-de-incêndio e os montes de matéria orgânica foram melhor posicionados para o caso de ser preciso intervir e movimentá-los.

A unidade ainda não está a laborar a 100%. Carlos Soares aponta para um monte de substrato “que ainda entra em combustão”, com ignições periódicas mas rapidamente controláveis. Há máquinas de ensacamento que já estão a operar numa zona ainda improvisada, tendo sido reparadas. Outra maquinaria mais específica vai demorar mais tempo, prevê o empresário. O processo de recuperação deve ficar concluído em Abril de 2019. 

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