CDS-PP teve contas bancárias congeladas

Situação foi resolvida mas tem havido problemas com pagamentos a fornecedores.

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LUSA/MANUEL FERNANDO ARAÚJO

O CDS-PP teve as contas bancárias congeladas por causa de um problema numa sede de uma concelhia, confirmou ao PÚBLICO o secretário-geral do partido Pedro Morais Soares.

A situação durou alguns dias mas “já foi resolvida”, assegurou o mesmo dirigente. Em causa esteve um incumprimento por parte dos centristas nas instalações da concelhia de Matosinhos, o que levou o senhorio a interpor uma acção executiva em tribunal e ao congelamento das contas bancárias do partido (que são nacionais dado que o número de contribuinte é único).

Ao que o PÚBLICO apurou, tem havido problemas no pagamento a fornecedores relativos à campanha autárquica de 2017, mas Morais Soares não confirmou dificuldades nessa área.

A questão das contas do partido foi levantada na reunião do Conselho Nacional de quinta-feira à noite.

Tanto no Conselho Nacional como na reunião da comissão política nacional, que se realizou horas antes, a líder do CDS disse querer ouvir o partido sobre o perfil dos deputados que constarão das listas nas próximas legislativas. O PÚBLICO sabe que Assunção Cristas quer fechar os critérios de escolha dos deputados até ao final deste ano. Apesar de ter lançado desafio, os centristas abstiveram-se de responder nas duas reuniões. Mas ficou a promessa de que o assunto será debatido com mais profundidade em próximas reuniões de órgãos nacionais.

Nas duas reuniões – para as quais a comunicação social não foi convocada – a direcção falou sobre o próximo Orçamento do Estado, que já tem o voto contra do CDS. No Conselho Nacional foi aprovado por unanimidade por proposta da Tendência Esperança em Movimento, uma corrente interna do CDS, um voto de solidariedade para com o líder da concelhia de Ovar Fernando de Almeida, que foi alvo de tiros há duas semanas quando se dirigia para casa sem que tenha sido atingido.

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